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Sindicato dos motoristas de matérias perigosas anuncia novas formas de luta amanhã

O SNMMP contraria associação patronal: “Estamos dispostos a partir para um processo de mediação”. “Possível paralisação” está em cima da mesa.
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    António Pedro Santos / Lusa
20 Agosto 2019, 21h49

Os motoristas de matérias perigosas e os patrões voltaram a não chegar a acordo. O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) mantiveram as acusações depois da reunião desta terça-feira no Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

“Estas pessoas não podem trabalhar de graça. Só pedimos que o trabalho suplementar fosse pago (…). As greves não existem para agradar aos portugueses. Não fazemos isto por uma questão de popularidade. Estas pessoas são essenciais para a economia e trabalham 15, 16 e 18 horas”, disse esta noite Pedro Pardal Henriques aos jornalistas.

O porta-voz dos motoristas de matérias perigosas denuncia que a “Antram não quis evitar uma possível greve por 50 euros”. “Dissemos que não abdicaríamos do pagamento das horas extraordinárias, porque é fruto do trabalho das pessoas”, garantiu, adiantando ainda que anunciará novas formas de luta amanhã.

Após o encontro entre as partes, que se prolongou por mais de 4 horas, a Antram acusou o SNMMP de recusar a mediação do governo e de “impor à cabeça” o resultado desse processo, mas o sindicato contraria a associação patronal e garante: “Estamos dispostos a partir para um processo de mediação”.

O porta-voz da associação patronal, André Matias de Almeida, afirmou aos jornalistas que os representantes destes trabalhadores pretendem “impor” aumentos salariais no subsídio e na remuneração do trabalho suplementar e o pagamento de horas suplementares. “Não é assim que os processos se passam”, realçou esta noite aos meios de comunicação social.

A Antram, que se manifestou disponível para ouvir as “reivindicações legítimas” do SNMMP (dentro do suportável pelas empresas de transporte) diz que negar a mediação “é algo que prejudicará os trabalhadores”. “Não colocámos qualquer tipo de restrição à mediação. É nesse processo que tudo deve ser encontrado e discutido. A greve foi desconvocada para haver mediação”, lembrou André Matias de Almeida.

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