O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Henrique Louro Martins, garante que não está à espera de uma descida de vencimentos para fazer face aos problemas da transportadora aérea. “Não temos novidade nenhuma do que quer que seja, mas não quero acreditar que a TAP queira mexer nos salários depois deste corte todo que levámos”, disse, numa entrevista ao “Público”.
Segundo o sindicalista, tal cenário seria injusto após os sacrifícios que têm sido exigido. “O impacto tem sido brutal. Tanto monetariamente como também socialmente. Os tripulantes viram os seus salários serem reduzidos em cerca de dois terços, o que é uma percentagem muito grande para as suas vidas”, disse, apontando reduções salariais entre 400 e 1.300 euros devido à redução de horários ou ausência de atividade.
Henrique Louro Martins disse temer que a TAP fique com menos mil tripulantes, entre os 500 que não viram o contrato renovado e outros tantos a que o mesmo poderá acontecer. A esse propósito, o presidente do SNPVAC considerou “lamentável” que a nova administração, presidida por Ramiro Sequeira, ainda não tenha comunicado o plano de reestruturação, permitindo saber com quantos aviões a transportadora aérea irá ficar, pois se as saídas de tripulantes ultrapassarem os mil, “devem ser negociadas, com cabeça, tronco e membros”, incluindo reformas antecipadas, licenças sem vencimento, trabalho a tempo parcial, rescisões por mútuo acordo e um plano de reformas.
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