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Sindicatos esperam boa adesão à greve dos enfermeiros, Bastonária na vigília na Madeira

A desmotivação e revolta dos enfermeiros são alguns dos motivos que justificam este cenário de boa adesão à greve. Entre as reivindicações está uma tabela salarial equiparada a outras áreas da Saúde.
20 Setembro 2018, 07h45

O Sindicato dos Enfermeiros da Madeira (SERAM) e a representação regional do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR), esperam uma adesão significativa à greve, que se inicia esta quinta-feira na Região Autónoma. No mesmo dia decorre uma vigília, do Movimento Nacional dos Enfermeiros, que tem confirmada a presença da bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, na Madeira.

A desmotivação e revolta desta classe profissional são os motivos apontados por Juan Carvalho, dirigente do SERAM, que justificam a mobilização destes profissionais da saúde. O sindicalista diz que espera que não haja serviços a furar, ou boicotar a greve, ao colocarem serviços não urgentes como urgentes.

Para o sindicalista a proposta apresenta pelo Governo Central, nesta semana, é pior em comparação do que existe actualmente.

“A proposta do executivo não prevê solucionar a questão dos enfermeiros especialistas e não é acompanha por tabela salarial”, alerta Juan Carvalho. “O Governo Central empurra os enfermeiros para a greve”, reforça.

Juan Carvalho lembra que a República tinha assumido um compromisso com os sindicatos que ainda não foi concretizado.

Entre as reivindicações está a necessidade de equiparar as tabelas salariais da enfermagem com outros sectores da Saúde, que vá de encontro as funções e competência desta classe profissional.

Com a greve dos enfermeiros a arrancar esta quinta-feira, que possui serviços mínimos, Juan Carvalho espera que não haja serviços que furem os serviços mínimos, furando e boicotando a greve.

“Não é admissível que equipas médicas coloquem situações que não são urgentes como urgentes”, afirma o sindicalista.

Quanto a Evaristo Faria, representante do SINDEPOR, na Madeira, pelos contatos que tem tido espera que exista uma “participação massiva” dos enfermeiros na greve.

O sindicalista defende que esta greve prende-se como reivindicações como o regresso à carreira de enfermagem anterior que contemplava três categorias: enfermeiro, enfermeiro especialista, e enfermeiro gestor.

O reposicionamento na carreira de enfermeiros licenciados, é outro dos apelos de Evaristo Faria, que diz que profissionais com mais anos de serviço não está colocados nessa categoria, ao contrário do que aconteceu com alguns dos colegas mais novos, o que “causa injustiça”.

Sobre a vigília, à qual se junta ao SINDEPOR, as expectativas são também positivas, diz o sindicalista, tendo em conta a a participação da bastonária da Ordem dos Enfermeiros.

A vigília decorre à entrada na porta de entrada do Hospital Dr. Nélio Mendonça.

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