A Federação do Sector Financeiro (Febase) solicitou uma reunião de emergência com a administração do Novo Banco devido ao anúncio público de encerramento de mais balcões e da saída de mais trabalhadores, sem aviso prévio aos sindicatos dos bancários. A Febase acusa a instituição lideada por António Ramalho “de violar a prática de diálogo e negociação”.
“O anúncio público de encerramento de mais balcões e da saída de mais trabalhadores, sem aviso prévio aos Sindicatos, levou a Febase a pedir uma reunião com caráter de urgência à administração do banco. A Federação acusa a instituição de violar a prática de diálogo e negociação”, avança a Febase no seu site.
Segundo a Febase, os sindicatos verticais que integram esta Federação “foram surpreendidos por notícias preocupantes”, que dão conta da decisão do Novo Banco de encerrar mais 55 balcões e promover a saída de cerca de 400 trabalhadores.
Em carta dirigida a António Ramalho, a Febase estranha que “uma decisão com contornos e consequências tão drásticas e perniciosas para os trabalhadores não tenha sido precedida de contactos ou reuniões com a Febase ou qualquer dos seus sindicatos”.
A administração do Novo Banco e a Comissão de Trabalhadores (CT) do banco reuniram-se na passada terça-feira, 6 de março, tendo a CT enviado um comunicado aos funcionários em que diz que o banco “pretende encerrar 73” balcões este ano, 30 até final de abril e mais 43 até final deste ano.
Já quanto a trabalhadores, o mesmo indica que será feito um programa de reformas antecipadas e outro de rescisões voluntárias com que o Novo Banco “pretende antecipar o compromisso [de redução de trabalhadores até 2021] para o final do corrente ano”.
Apesar de não indicar quantos trabalhadores estão em causa, fontes do sector asseguram que o objetivo do número de trabalhadores a sair este ano é superior a 400, cerca de metade em rescisões e a outra metade em reformas antecipadas.
O Novo Banco pretende que o programa de reformas antecipadas (para trabalhadores acima de 55 anos selecionados pelo banco) esteja concluído no primeiro semestre e as rescisões “no decorrer deste quadrimestre”, segundo a CT.
Lembrando ao presidente do conselho de administração que a Febase e os seus sindicatos “sempre privilegiaram o diálogo e a negociação coletiva”, a Federação considera que, neste caso, “o Novo Banco violou ou interrompeu essa prática de diálogo e negociação com a decisão e a divulgação pública” daquelas medidas drásticas, “ignorando e desconsiderando a Febase e os seus Sindicatos”.
A Febase acrescenta que solicitou, assim a António Ramalho o agendamento de uma reunião com caráter de urgência para debater a situação laboral no banco.
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