A Ordem dos Médicos, a Federação Nacional dos Médicos e o Sindicato Independente dos Médicos exigem que os médicos sejam protegidos, realçando que constatam, “com grande preocupação”, que permanece por alterar a norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) que determina as regras da campanha de vacinação contra a covid-19 que “veda” o acesso à vacina aos médicos que já estiveram infetados pelo SARS-CoV-2.
Numa posição conjunta a que o JE teve acesso, os representantes dos médicos criticam o facto de se continuar “a deixar desprotegidos um grande número de médicos e de outros profissionais de saúde, bem como outros grupos de risco, ao vedar o acesso à vacina a muitos dos que já estiveram infetados pelo SARS-CoV-2”.
Realçam aqui que a evidência científica existente demonstra que a imunidade de quem já teve covid-19 “não se perpetua no tempo, sendo importante garantir rapidamente a imunização dos grupos mais expostos e de maior risco, mesmo que já infetados previamente com a SARS-CoV-2”.
“Os médicos e os outros profissionais de saúde têm assumido todas as linhas da frente, mesmo perante situações de grande fragilidade, colocando a sua própria vida em risco para salvar outras vidas”, realçam as entidades numa posição conjunta, onde salientam que não podem aceitar que, existindo vacinas seguras, a ministra da Saúde “opte por colocar estes profissionais de saúde em risco, num limbo por período indeterminado. É uma postura que consideramos técnica e eticamente reprovável”.
Já nesta quarta-feira, 21 de abril, a diretora geral da Saúde assegurou que partir do final de maio, os recuperados da covid-19 deverão começar a ser vacinados. Graça Freitas esclareceu, no entanto, que só serão imunizados recuperados que já tenham tido a doença há mais de seis e apenas receberão uma dose do fármaco por já terem imunidade natural.
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