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Síria e Estados Unidos vitoriosos contra o Daesh

Durante o fim-de-semana, um esforço militar conjunto permitiu diminuir o espaço de manobra do autodenominado Estado Islâmico.
  • Khalil Ashawi/Reuters
10 Setembro 2017, 09h34

As Forças Democráticas Sírias, apoiadas pelos Estados Unidos, lançaram este sábado uma ofensiva contra o autodenominado Estado Islâmico no leste do país, num movimento coordenado com o exército sírio – na tentativa de aumentarem ainda mais a pressão militar sobre o grupo jihadista.

As movimentações militares decorrem no sul de Deir al-Zor, um dos últimos bastiões do grupo e permitiram às forças conjuntas entre a Síria e os Estados Unidos alcançarem uma base aérea sitiada durante os últimos anos pelos jihadistas – e que constituía um importante centro de contactos entre o Daesh e os movimentos que, externamente, o apoia. Segundo avança a agência de notícias EuroNews, as forças conjuntas conseguiram ainda entrar nos bairros de Harabesh e Tahtud da cidade que é capital da província com o mesmo nome.

As movimentações decorreram ainda no noroeste de Deir al-Zor, o que permite avaliar a importância da região para os jihadistas.

Mas os responsáveis militares sírios informaram entretanto que o Estado Islâmico ainda ocupa áreas abundantes em petróleo perto da fronteira com o Iraque, o que quer dizer que há uma parte do sistema implantado pelo Daesh que continua em funcionamento. As declarações sírias fazem regressar a discussão em torno de quem são os financiadores do Daesh e colocam em evidência que pelo menos parte desses apoiantes continua a conseguir transferir dinheiro para o interior do Estado Islâmico.

A questão da venda de petróleo com a finalidade de financiar o Daesh foi sempre uma das mais nebulosas desde que a começou a guerra na Síria. A própria União Europeia foi oficialmente informada de que alguns destes canais de apoio passavam por países da comunidade – mas o certo é que esses canais nunca foram devidamente identificados.

Depois de a Turquia ter assumido a sua posição ao lado das forças contrárias ao Daesh, o problema do financiamento dos jihadistas através da venda de petróleo ‘ilegal’ foi diminuindo, mas não chegou ainda a desaparecer na totalidade.

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