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Síria vira-se para a Rússia na busca de investimento estrangeiro

Depois de anos de guerra civil, em que os aliados russos foram chave, o governo de Bashar al-Assad tenta agora reiniciar a recuperação de uma economia destruída e alvo de sanções recentes que ameaçam agravar a situação.
7 Setembro 2020, 15h50

O presidente Bashar al-Assad revelou as intenções do governo sírio de expandir relações económicas com a Rússia, numa altura em que as sanções decretadas pelos EUA em junho ameaçam agravar a situação frágil em que o país do Médio Oriente vive há vários anos.

As declarações do presidente foram proferidas num encontro com o vice-primeiro-ministro russo, Yuri Borisov, e o seu ministro dos negócios estrangeiros, Sergei Lavrov. A reunião teve como propósito o aprofundar da relação bilateral entre os dois países.

Devastado por uma longa guerra civil, o regime sírio contou, desde 2015, com o apoio decisivo de Moscovo para recuperar o controlo de largas porções do seu território. Damasco pretende agora aprofundar esses laços com acordos para projetos de exploração mineira e energética na Síria, de forma a estimular a economia e “aliviar as repercussões das sanções coercivas adotadas por alguns países contra o povo sírio”, reporta a SANA, a agência noticiosa do país.

“O Governo está determinado em continuar a trabalhar com os aliados russos para implementar acordos escritos e assegurar o sucesso dos seus investimentos na Síria”, disse Bashar al-Assad à SANA.

Também Sergei Lavrov sublinhou a necessidade síria de ajuda internacional para reconstruir a sua economia, enquanto que Yuri Borisov revelou uma proposta de acordo económico entre os dois Moscovo e Damasco apresentada pelo governo russo em julho, reporta a Reuters. Borisov acrescentou que a expetativa era de que o acordo estivesse assinado em dezembro.

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