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Sistema da Bosch para localização de veículos desenvolvido com contributo de portugueses

A equipa está actualmente a trabalhar no hardware e software do sensor da Bosch que permite que veículos autónomos determinem a sua posição de forma precisa.
28 Novembro 2018, 19h35

Portugal está, desde 2015, envolvido no desenvolvimento do sensor de posicionamento e movimento do veículo da Bosch. Uma equipa de 25 engenheiros do centro de Tecnologia e Desenvolvimento em Braga foi responsável pelo desenvolvimento de hardware e pelas primeiras amostras funcionais para prova de conceito.

A equipa, que deverá chegar aos 35 elementos, está actualmente a trabalhar no hardware e software do sensor da Bosch que permite que veículos autónomos determinem a sua posição de forma precisa. Este sensor inclui uma unidade receptora para os sinais GNSS, que os veículos autónomos usam para determinar a sua posição. Os sinais são fiáveis para os sistemas de navegação actuais, mas não para os veículos autónomos.

Por isso, a Bosch usa dados de várias fontes e iniciou a joint-venture Sapcorda em 2017. Com a ajuda de uma rede de estações terrestres, as posições precisas são conhecidas e consegue-se corrigir a informação de posicionamento do GNSS.

Mas os sinais de GNSS não são a única informação que o sensor de posição e movimento do veículo recebe: graças aos sensores de velocidade das rodas e de ângulo de direcção, sabe para onde o veículo se dirige e com que velocidade. Além disso, o sensor de movimento e posição do veículo possui sensores inerciais integrados. Assim como as pessoas se movimentam com a ajuda de seus sentidos de toque e equilíbrio, o sensor pode usar esses dados para saber qual a direcção do veículo.
Já o Bosch Road Signature é um serviço de localização baseado em mapas elaborados através dos sensores de proximidade instalados nos veículos. A Bosch oferece o serviço de forma integrada e em conjunto com a sua solução de localização baseada em sensores de movimento e posicionamento de veículo.

Sensores de vídeo e radar a bordo de veículos em movimento geram um mapa virtual, detectando características ao longo da via como linhas de faixas de rodagem, sinais de trânsito e rails de protecção.

Neste sentido, os sensores de proximidade têm uma grande vantagem, uma vez que – ao contrário das câmaras – podem detectar características da estrada no escuro ou quando a visibilidade é reduzida. O seu alcance de detecção também é maior. Um módulo de comunicação do carro envia os dados relativos à estrada para a cloud, onde a informação é usada para gerar um mapa preciso.

Por sua vez, os veículos autónomos detectam as características da estrada onde circulam e consultam o mapa para ver se os sinais de trânsito ou rails de protecção que eles reconheceram correspondem aos registados na plataforma.

Essa comparação permite que os carros determinem com precisão a sua posição na estrada numa escala de centímetros.

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