Siza Vieira estima apoios às empresas em 20 mil milhões de euros mas admite “esforço adicional” do Governo

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira destacou que o Estado já destinou 20 mil milhões de ajudar às empresas para amenizar os efeitos da pandemia na economia nacional, em declarações proferidas na página do Partido Socialista (PS) no Twitter esta quarta-feira, dia 11 de novembro.

Segundo Siza Vieira, o Governo “já injetou em liquidez entre aquilo que deixa de ser exigido as empresas e aquilo que se entrega as empresas a titulo de liquidez cerca de 20 mil milhões de euros”. “Apesar da contração muito grande que tivemos no segundo trimestre, não temos visto um crescimento tão grande do desemprego ou um crescimento descomunal do número de insolvências ou de encerramentos”, frisou o governante.

Siza Vieira considerou que a “retoma que tivemos no terceiro trimestre foi absolutamente extraordinária” e mencionou que Portugal cresceu “mais no terceiro trimestre do que a média da União Europeia”.

Ajudar capacidade produtiva e manutenção de emprego

“Desde o primeiro momento tive uma grande preocupação de assegurar que chegava liquidez à economia ou seja que apesar de haver uma quebra de vendas, as empresas conseguiam assegurar que não lhes faltavam recursos para poderem manter as portas abertas”, referiu Siza Vieira recordando que “tinha dito, na altura, que era preciso ajudar as empresas na capacidade produtiva e na manutenção do emprego”.

Entre as medidas em destaque, o ministro da Economia enalteceu o alivio da “exigência do sistema bancário”, mas também o apoio à manutenção do emprego “com o lay-off simplificado. “Com o apoio à retoma progressiva, tentamos fazer chegar liquidez às empresas com linhas de crédito fosse através do sistema bancário, seja diretamente pelo Estado”, sublinhou Siza Vieira.

“Esforço adicional”

Apesar dos esforços do Governo, o ministro da Economia admite que “precisamos fazer um esforço adicional”. “Já demos um primeiro passo na semana passada: apresentamos um programa de mil e quinhentos milhões de euros dos quais quase mil milhões de euros são a fundo perdido para micro e pequenas empresas, precisamente o setor mais afetado”, afirmou Siza Vieira.

“A grande diferença que isto tem e que depois se encaixa da resposta sobre o Orçamento é que nós estamos a fazer estes apoios com base em fundos europeus”, explicou Siza Vieira esclarecendo depois que “o pacote que aprovamos na semana passada do programa “Apoiar” e outros, foi feito através de um reprogramação rápida do PT [Portugal] 2020″ permitindo assim “impregnar verbas do 2020, a aplicá-las para o apoio às empresas e a passar alguns dos projetos que poderiam ser apoiados para as verbas que vão surgir do novo pacote”.