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Siza Vieira reitera preparação do país e garante disponibilização dos recursos públicos para a transição digital (com áudio)

Na abertura do segundo e último dia do Congresso das Comunicações da APDC, Siza Vieira admitiu ter-se surpreendido “com o modo como as empresas e a sociedade reagiram muito melhor” no confinamento generalizado da população, no início de 2021, do que no primeiro confinamento.
  • Harry Murphy / Web Summit
13 Maio 2021, 10h29

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, afirmou esta quinta-feira que o Governo está “inteiramente disponível para colocar os recursos públicos” à disposição da transição digital, garantindo que Portugal está “preparado” para aproveitar os fundos criados pela União Europeia para superar os efeitos pandémicos. Isto, porque o investimento em tecnologias digitais na Europa “vai fazer-se com um nível de recursos que há um ano era impensável”. “Portugal estará preparado para isso”, disse.

“Há um ano e meio nenhum de nós tinha a capacidade de perceber como comunidade o impacto que era possível extrair do grau de desenvolvimento das tecnologias, nos últimos tempos”, começou por afirmar o governante na abertura do segundo dia do Congresso das Comunicações, organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).

Sublinhando que “a humanidade deu-se conta”, no último ano e meio, das possibilidades de transformação que as tecnologias digitais oferecem, “mas também do grau de preparação que as sociedades e as economias têm para poder acolher os benefícios” dessas mudanças, Siza Vieira reiterou que Portugal vai aproveitar o fundo de recuperação da União Europeia (Programa NextGenerationEU).

O valor total do fundo é de 750 mil milhões de euros, sendo que 20% “têm de ser alocados ao esforço de investimento e reforma nas tecnologias digitais”, incluindo investimentos em “infraestruturas de telecomunicações, nas adaptações dos modelos de negócio das empresas, num investimento muito forte nas competências dos cidadãos para podermos acelerar esta transformação”.

“Portugal estará preparado para isso. Julgo que a forma como, no último ano, fomos capazes de em conjunto mostrar que tínhamos essa capacidade vem apenas mostrar algo que já era evidente para alguns, mas não necessariamente para todos: que o país dispõe de recursos humanos muito qualificados, de empresas com um grau de maturidade digital que já é muito significativo na comparação com os seus pares europeus; que temos um ecossistema de empreendedorismo e capacitação digital capaz de ter impacto na sociedade; que o país nos últimos anos foi capaz de se apresentar e ser avaliado pela União Europeia como um país fortemente inovador, capaz de captar para Lisboa a estrutura permanente da União Europeia de acompanhamento do ecossistema empreendedor e de startups na Europa”, argumentou.

“A transformação digital é, para Portugal, uma possibilidade de dar um salto para níveis de desenvolvimento superiores”, salientou o ministro que tem a tutela para a transição digital. Isto, depois de um “ano que foi extraordinário” como “catalisador” e “acelerador” de mudanças que já se previam, mas com outro horizonte temporal.

Siza Vieira revelou-se, ainda, surpreso “com o modo como as empresas e a sociedade reagiram muito melhor” no confinamento generalizado da população, no início de 2021, do que no confinamento entre março e maio de 2020. indicando que os primeiros meses da pandemia “já parecem tão distantes”.

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