O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas considera que a saída de Pedro Pardal Henriques de porta-voz do sindicato não fragiliza a organização.
“Não fragiliza o sindicato de forma alguma. É bom para a classe trabalhadora ter alguém que os defenda”, disse o presidente do sindicato esta quinta-feira, 22 de agosto.
“Deixa de ser o porta-voz, mas vamos continuar a contar com o seu apoio jurídico de excelência”, acrescentou Francisco São Bento, que vai ser o porta-voz da organização a partir de agora.
Pedro Pardal Henriques anunciou na quarta-feira que vai ser candidato pelo Partido Democrático Republicano (PDR) de Marinho Pinto às eleições legislativas de outubro.
Questionado sobre se a saída de Pardal Henriques vai facilitar o diálogo com a ANTRAM, o responsável garante que o diálogo vai manter-se como antes. “As facilitações [de diálogo] vão continuar a ser as mesmas. O sindicato tem mostrado bom senso para resolver o conflito, falta esforço da parte da ANTRAM para que isso aconteça”.
Sobre a greve cirúrgica marcada para setembro, Francisco São Bento adiantou que o “pré-aviso de greve mantém-se”. Mas esta manhã, em entrevista à RTP, o sindicalista deixou esta possibilidade em aberto: “Se estiverem reunidas todas as condicoes para que se possa evitar a greve, porque não?”.
Anteriormente, Francisco São Bento também tinha deixado em aberto a possibilidade de aceitar um acordo semelhante ao acordado entre a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e os outros dois sindicatos do setor, mas não anunciou neste sentido nas declarações aos jornalistas às 12h00 desta quinta-feira.
Na próxima segunda-feira vai ter lugar a reunião entre o SNMMP e a ANTRAM para definir serviços mínimos para a greve cirúgica que vai ter lugar entre o dia 7 e o dia 22 de setembro.
A reunião para definir serviços mínimos vai decorrer pelas 15:00 na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), disse fonte do Governo à Lusa.
Mas o sindicato discorda que sejam necessários serviços mínimos. Francisco São Bento argumenta que a greve cirúrgica é somente ao trabalho suplementar, e não são necessários serviços mínimos pois os motoristas vão cumprir o seu trabalho, conforme disposto na lei.
https://jornaleconomico.pt/noticias/motoristas-em-greve-as-horas-extraordinarias-entre-7-a-22-de-setembro-480890
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