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SNS sem capacidade para operar, envia doentes para privado. Envio de doentes subiu 96% face ao ano passado

As notas de transferência são emitidas automaticamente quando se atinge o tempo máximo de espera, sendo que os doentes são encaminhados para os hospitais privados e sociais, e só depois para hospitais de rede pública.
2 Setembro 2019, 10h48

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) não tem capacidade de resposta para operar os doentes nos tempos máximos estabelecidos. No ano passado foram emitidos 250.924 vales-cirurgia e notas de transferência, representado um aumento de 96% face ao ano de 2017, sendo ainda um valor recorde, avança o Jornal de Notícias esta segunda-feira, 2 de setembro.

A mesma publicação noticia que a greve dos enfermeiros às cirurgias, em cinco hospitais, poderá ser uma das principais explicações para a elevada subida das transferências. A greve dos enfermeiros adiou mais de 7.500 cirurgias entre 22 de novembro de 31 de dezembro de 2018.

A entrega dos vales para as cirurgias no privado têm apresentado aumentos significativos desde 2016, quando atingiu 81.829, um dos valores mais baixos de sempre. As notas de transferência são emitidas automaticamente quando se atinge o tempo máximo de espera, sendo que os doentes são encaminhados para os hospitais privados e sociais, e só depois para hospitais de rede pública, embora os hospitais de origem sejam responsáveis pelo pagamento das respetivas cirurgias.

Em 2018, a cirurgia de ambulatório atingiu 65,5%, tendo sido operados 594.978 utentes. No entanto, o tempo de espera médio atingiu os 3,3 meses, sendo a mais elevada de sempre, apesar do SNS o maior número de operações.

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