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Sonae com queda de 2,9% dos lucros até setembro para 133 milhões

Nos números apresentados à CMVM, o destaque vai para o volume de negócios da Sonae que continua a crescer, alcançando 4.115 milhões nos nove meses, +6,9% face a igual período do ano passado. Já o EBITDA subjacente da Sonae cresce 19 milhões (o EBITDA subjacente cresce em todos os negócios, à exceção da Sonae IM), atingindo os 221 milhões no acumulado.
15 Novembro 2017, 19h22

A Sonae, liderada por Ângelo Paupério, teve lucros nos primeiros nove meses de 133 milhões de euros, o que traduz uma queda de -2,9% face ao período homólogo do ano anterior. No terceiro trimestre (julho a setembro) os lucros foram de 60 milhões, -1,0% do que em igual período no ano anterior.

O lucro até setembro supera o valor estimado pelos analistas.

O CEO da Sonae comentou os resultados dizendo: “neste 3º trimestre, em que o portefólio de negócios já é comparável com o período homólogo do ano passado, continuámos a crescer a bom ritmo (4,8%) em termos agregados, com contributo positivo das nossas principais atividades, com realce para os diferentes negócios do setor do retalho, que cresceram 5,1%”.

Ângelo Paupério considera “igualmente positiva foi a performance em termos de rentabilidade, com o EBITDA agregado a crescer 10% face a igual período de 2016, e reforçando posições competitivas sem cedências na qualidade das nossas propostas de valor, como evidenciado pelo reconhecimento em mais um estudo da DECO de que somos o retalhista com os preços mais baixos do mercado português”.

“Num trimestre em que os níveis de investimento se mantiveram elevados, continuámos a reforçar a estrutura de capitais baixando dívida, aumentando a sua maturidade e melhorando as condições de financiamento”, conclui.

Nos números apresentados à CMVM, o destaque vai para o volume de negócios da Sonae que continua a crescer, alcançando 4.115 milhões nos nove meses, +6,9% face a igual período do ano passado. O EBITDA subjacente da Sonae cresce 19 milhões (o EBITDA subjacente cresce em todos os negócios, à exceção da Sonae IM), atingindo os 221 milhões no acumulado até setembro e a dívida líquida da Sonae diminui 30 milhões de euros face aos nove meses de 2016, para 1.217 milhões de euros. O capital investido líquido somou 3.321 nos primeiros nove meses do ano, mais 3,3% do que em igual período do ano anterior. O rácio da dívida líquida face ao capital investido diminuiu 210 pontos base face aos 9 meses de 2016, para 36,7%.

A dívida financeira líquida da holding totalizou 514 milhões, diminuindo 3,1% face ao mesmo período de 2016, apesar do pagamento de dividendos efetuado no 2º trimestre deste ano.

O resultado financeiro líquido da Sonae melhorou 8 milhões, atingindo um valor negativo de 28 milhões de euros nos nove meses, refletindo uma redução no custo das linhas de crédito. O custo médio das
linhas de crédito utilizadas situou-se em 1,3% no 3º trimestre, o que compara com 1,4% no 3º trimestre de 2016. Sendo de destacar que o resultado financeiro da Sonae exclui os negócios da Sonae Sierra e da
NOS.

O Capex (investimento) da Sonae totalizou 202 milhões até setembro, 31,2% abaixo do valor registado nos nove meses de 2016. “Este desvio deve-se, principalmente, ao menor Capex na Sonae Sports & Fashion, devido ao investimento relacionado com a aquisição da Salsa, no 2º trimestre do ano passado, combinado com um nível menor de Capex na Sonae MC e na Sonae RP.

 

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