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Sonae e BCP penalizam bolsa nacional. Europa aguarda em baixa novidades sobre o Brexit

Na Europa, as praças europeias aguardam no ‘vermelho’ a avaliação do Conselho de Ministros britânico ao “esboço do acordo” do Brexit.
  • Daniel Munoz/Reuters
14 Novembro 2018, 12h57

A bolsa nacional está a negociar em baixa, a meio da sessão desta quarta-feira, dia 14 de novembro, pressionado pela Sonae e BCP. O principal índice do bolsista português, PSI 20, recua 0,16% para 4.947,74 pontos, em linha com as congéneres europeias. Na Europa, as praças europeias aguardam no ‘vermelho’ a avaliação do Conselho de Ministros britânico ao “esboço do acordo” do Brexit.

A liderar as perdas está a Sonae. A retalhista apresenta resultados trimestrais esta quarta-feira, após o fecho da bolsa nacional. Esta é a primeira vez que a empresa revela resultados depois de ter falhado a oferta pública de venda (OPV) da Sonae MC. A Sonae planeava uma OPV entre 1,40 euros e 1,65 euros por ação, mas acabou por pôr fim à oferta, um dia antes de terminar a primeira fase da oferta ao retalho, devido a “condições adversas” do mercado internacional.

Em queda está também o BCP, que acompanha os pares europeus prejudicados pela incerteza em Itália. O banco liderado por Miguel Maya cai 1,67% para 0,246 euros. No ‘vermelho’ seguem ainda a Altri (-0,98%), a Corticeira Amorim (-1,36%), a EDP Renováveis (-0,89%), a Mota-Engil (-0,84%), a Semapa (-0,53%), a Sonae Capital (-0,66%) e a Navigator (-0,45%).

A contrariar a tendência destaca-se a Pharol. A antiga Portugal Telecom (PT) tem até dia 17 de dezembro para decidir o que vai fazer em relação ao aumento de capital da empresa de telecomunicações brasileira Oi, da qual já foi a principal acionista. A cotada segue a somar 4,70% para 0,182 euros.

No setor da energia, a EDP avança 1,04% para 3,110 euros, a Galp Energia ganha 0,32% para 14,185 euros e a REN sobe 0,25% para 2,418 euros.

A somar estão ainda a Jerónimo Martins (0,28%), a NOS (0,48%), os CTT (0,77%), a Ibersol (1,46%) e a F. Ramada (1,12%).

As restantes praças europeias estão a negociar em terreno negativo. O índice alemão DAX perde 0,25%, o francês CAC desvaloriza 0,38%, o italiano FTSE MIB deprecia 0,83%, o holandês AEX cai 0,58%, o britânico FTSE 100 desliza 0,03% e o espanhol IBEX 35 resvala 0,29%.

Ramiro Loureiro, analista do Millennium bcp, indica que esta foi uma manhã de correção na Europa, num dia de decisões importantes para o Brexit. “Depois dos negociadores do Governo britânico e da União Europeia terem chegado a um entendimento sobre o Brexit, Theresa May agendou para esta quarta-feira um Conselho de Ministros de emergência para se discutir esse documento. Se o mesmo for validado poderá depois ser finalizado na próxima cimeira europeia e posteriormente votado no Parlamento britânico e Europeu”, nota.

Em Itália, o governo manteve as previsões de crescimento do PIB em 1,5% e um défice de 2,4% para o próximo ano, contrariando as recomendações da Comissão Europeia. O executivo italiano arrisca-se agora a ter de pagar um multa. Ramiro Loureiro sublinha que “este braço de ferro leva os juros da dívida italiana a 10 anos a subirem, condicionando a banca italiana”.

No setor petrolífero, a cotação do barril de Brent, que serve de referência para a Europa, soma 0,58% para 65,85 euros, enquanto a cotação do crude WTI sobe 0,13%, para 55,76 dólares por barril.

Os preços do barril de petróleo reagiram em alta ao corte de produção anunciado esta quarta-feira pelo presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Suhail Al Mazrouei. O líder da OPEP salientou que é necessário a organização e os seus aliados cortarem ou ajustarem a produção, a fim de equilibrar o mercado petrolífero.

No mercado cambial, o euro deprecia 0,12% para 1,127 dólares e a libra perde 0,24% para 1,294 dólares.

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