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Sonae IM e FEUP criam laboratório de investigação

A Sonae IM LAB@FEUP é uma aposta na criação de conhecimento na área da engenharia informática, promovendo a inovação, competitividade e o emprego científico.
  • Sonae
14 Janeiro 2019, 07h30

A Sonae IM e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) estabeleceram uma parceria para a criação de um laboratório de investigação e desenvolvimento, o Sonae IM LAB@FEUP, com o objetivo de criar as condições para a realização de projetos de I&D na área de engenharia informática.

O Sonae IM LAB@FEUP propõe-se a promover projetos de doutoramento e de mestrado, com duração respetiva aproximada de quatro anos e de seis meses, com base em desafios reais lançados pelas empresas do universo Sonae IM. “Os estudantes selecionados poderão desenvolver os seus projetos com bolsas de estudo asseguradas, terão a oportunidade de colaborar diretamente com a empresa e de usufruir dos seus recursos formativos, técnicos e humanos, aceder a financiamento para apresentação de resultados nacional e internacionalmente, entre outros benefícios”, segundo fonte do projeto.

A iniciativa constitui-se como a plataforma para a “construção de uma comunidade de conhecimento partilhado na área de engenharia informática entre a FEUP, a Sonae IM e empresas associadas. O objetivo é potenciar a materialização da inovação no mercado, sobretudo nas áreas de I&D de Inteligência Artificial & Sistemas Preditivos, Tecnologias Transacionais e Experiência do Consumidor & Soluções, com a tónica na aplicação às áreas de telecomunicações, retalho e cibersegurança”.

No âmbito do funcionamento do laboratório de investigação e desenvolvimento, as empresas associadas da Sonae IM vão apresentar desafios relacionados com as áreas de I&D dos cursos de doutoramento e mestrado do Departamento de Engenharia Informática (DEI) da FEUP, articulados com o calendário de cada ano letivo.

Após validação pelo corpo docente, os desafios são desenvolvidos conjuntamente para integrar as chamadas de propostas de doutoramento e mestrado, designadamente do Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação e do Programa Doutoral em Engenharia Informática. As propostas selecionadas pelos alunos são posteriormente avaliadas por um júri constituído para o efeito e a partir daqui os alunos iniciam os seus projetos em colaboração com a respetiva empresa, usufruindo dos benefícios estabelecidos.

Eduardo Piedade, CEO Sonae IM, concedeu, sobre a matéria, uma entrevista exclusiva ao Jornal Económico.

Qual é o orçamento previsto pela Sonae para apoiar os projetos que forem considerados merecedores?

Atendendo à longa duração dos projetos e ao grau de complexidade da investigação e desenvolvimento das áreas associadas, não podemos apontar um valor a priori.  Naturalmente que existe um investimento relevante do lado da Sonae IM e das suas participadas, que assegura à FEUP e aos alunos as condições necessárias para apoiar a execução de projetos de investigação no âmbito de Doutoramentos e Mestrados.

 

A Sonae propõe-se ser uma espécie de ‘incubadora’ que possa vir a entrar no capital de empresas a fundar na sequência dos projetos apoiados?

Neste caso em particular, o objetivo primário é o de criar as condições para a realização de projetos de I&D na área de engenharia informática, que reflitam as áreas estratégicas da academia e a satisfação de necessidades do universo empresarial.

Os projetos de investigação dos estudantes de doutoramento e mestrado desenvolvidos com o apoio do Sonae IM LAB@FEUP terão por base desafios reais lançados pelas empresas do universo Sonae IM mas, dado o cariz de investimento da Sonae IM, jovens empreendedores poderão ser apoiados no processo de lançamento de novas empresas para o mercado.  Para tal, a Bright Pixel – Venture Builder Studio e empresa do grupo, assume um especial papel de relevo neste segmento, com um extenso expertise em tecnologia e negócio,  e capacitada com um programa de aceleração de MVPs (Minimum Viable Product) e fundo de investimento em early stage.

 

A Sonae IM está muito ativa na aquisição de empresas da área da cibersegurança. Será um setor a priorizar no que tem a ver com os projetos apoiados?

A Cibersegurança é uma das áreas com grande potencial de crescimento e onde a Sonae IM tem já uma presença muito relevante. Adicionalmente, temos áreas prioritárias de investimento em retalho e telecomunicações.

Nesta aproximação da Academia ao Mercado, o laboratório de investigação vai focar muito as áreas de I&D de Inteligência Artificial & Sistemas Preditivos, Tecnologias Transacionais e Experiência do Consumidor & Soluções.

 

Qual é a estratégia da Sonae para este setor da cibersegurança ao nível nacional – dado que os investimentos têm sido realizados no exterior?

Em 2016 adquirimos a Sysvalue para ser integrada na S21sec. Atualmente, somos o operador independente mais relevante do mercado nacional. Perspetivamos um crescimento relevante do mercado e faremos os investimentos necessários para continuar a ter uma posição de destaque.

 

 

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