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Sonaecom passa de lucros a prejuízos de 4,5 milhões em parte devido ao encerramento dos cinemas

O EBITDA total da Sonaecom, apesar da melhoria do EBITDA subjacente, caiu e foi negativo em -3,3 milhões de euros, explicado por rubricas não recorrentes de 2019 e pelo impacto negativo dos resultados da NOS. 
11 Maio 2020, 18h30

O resultado líquido atribuído ao Grupo Sonaecom no primeiro trimestre ficou em -4,5 milhões, o que compara com o lucro de 11,1 milhões registados em igual período do ano passado.

Recorde-se que a Sonaeom é acionista da ZOPT (que tem 52,15%​ da NOS). A ZOPT é uma sociedade conjuntamente controlada pelas suas acionistas Kento Holding Limited, Unitel International Holdings, BV (de Isabel dos Santos) e Sonaecom SGPS, em virtude do acordo parassocial entre estas celebrado.

A empresa a família Azevedo explica que as operações dos negócios do grupo foram afectadas de forma diferente com a pandemia do Covid-19. A área da tecnologia não sentiu impactos, mas a empresa admite que o grau de incerteza não lhe permite garantir que nos futuros trimestres não vá ter impactos negativos, “nomeadamente nas receitas do Professional Service, na revenda de tecnologia, devido à quebra da procura e do abastecimento, e no valor de algumas participações minoritárias.

Já na NOS, os principais impactos operacionais da Covid-19 nas receitas do primeiro trimestre foram sentidos na exibição dos cinemas (cinematográfica e audiovisuais). A operadora foi afectada pelo encerramento decretado a 16 de março e pelo adiamento de estreias de filmes. Mas não só, a NOS foi afectada pela quebra de receitas de roaming e chamadas internacionais devido à proibição de viagens. Já os canais de desporto premium tiveram uma quebra das receitas também, dada a ausência de eventos desportivos em directo. Na venda de equipamentos houve uma quebra devido ao encerramentos das lojas, nomeadamente dos centros comerciais.

“A área das telecomunicações, com uma participação de 50% da ZOPT (que consolida pelo método da equivalência patrimonial) apresentou uma resultado negativo devido aos impactos da pandemia Covid-19”, admite o grupo.

As receitas operacionais da NOS somaram em março 345,4 milhões de euros, um decréscimo de 3% face a março de 2019. Os resultados líquidos da operadora de telecomunicações foram de -10,4  milhões.

A Sonaecom destaca um “sólido crescimento nas receitas de serviços de cibersegurança na área da tecnologia”.

O volume de negócios consolidado no trimestre atingiu 29,4 milhões, caindo 14,7%, devido essencialmente à área de media (Público) e tecnologia, “particularmente esta última”, diz o relatório.

Os custos operacionais também caíram, -14,2% para 32 milhões. Mas os custos com pessoal cresceram 2,1%, tendo sido os custos comerciais os que mais desceram (-30,8% para 14,6 milhões).

O EBITDA total, apesar da melhoria do EBITDA subjacente, caiu e foi negativo em -3,3 milhões de euros, explicado por rubricas não recorrentes de 2019 e à diminuição do contributo para os resultados da NOS.

O EBITDA é a medida do que a empresa está a gerar com suas atividades operacionais, não incluindo investimentos financeiros, empréstimos e impostos.

Já o EBIT, ou  Resultado Antes de Juros e Impostos, caiu de 9,4 milhões para -5,5 milhões de euros. O maior nível de depreciações também ajudaram à queda.

Já os resultados antes de impostos, desceram de 9,6 milhões para -6,6 milhões.

O Capex operacional (investimento) baixou para 1,3 milhões de euros, representando 4,5% do volume de negócios.

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