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Sonangol defende aumento dos combustíveis em Angola

Proposta vai no sentido de se encontrar um mecanismo para o preço dos combustíveis dentro de um intervalo flutuante e variável.
28 Fevereiro 2018, 18h46

A petrolífera estatal angolana Sonangol defende o aumento dos combustíveis, um pedido que já foi antes formulado ao Estado, disse hoje em Luanda, o presidente do Conselho da Administração da empresa.

De acordo com Carlos Saturnino, que falava em conferência de imprensa, a proposta vai no sentido de se encontrar um mecanismo para o preço dos combustíveis dentro de um intervalo flutuante e variável.

“Presentemente e olhando para o novo figurino das taxas de câmbio que o BNA [Banco Nacional de Angola] definiu, por exemplo, nós temos estado a pensar por que é que se há um intervalo para uma taxa de câmbio variável ou flutuante, por que é que não estudaríamos um mecanismo para os preços dos combustíveis também num intervalo flutuante e variável”, questionou.

O gestor, que admitiu ser uma solução “difícil ou complicada”, disse que “é assim que alguns países fazem”.

“O preço na bomba pode subir, mas também pode descer, o mecanismo tinha que prever isso”, frisou.

Segundo Carlos Saturnino, a taxa de câmbio utilizada há dois anos pela Sonangol é de 155 kwanzas (0,5 euros) por dólar, ou seja, “continua a ser muito mais baixa do que os 166 kwanzas que o BNA utilizava anteriormente”.

“Vejam qual é o esforço que a Sonangol faz em prol da economia e em prol da satisfação da população angolana. Nós pagamos uma grande parte da fatura que toda a gente utiliza em termos de combustíveis nesse país”, sublinhou.

O responsável pediu ajuda do Ministério das Finanças e do ministério de tutela, dos órgãos centrais do Governo nesse sentido.

“Portanto, 155 kwanzas por um dólar, nem que a gente recolha grande parte do dinheiro da venda dos combustíveis em kwanzas, não conseguimos comprar na mesma proporção as divisas para comprar os combustíveis outra vez”, reclamou.

Da venda de combustíveis da Sonangol Distribuidora, a empresa pública de Produção de Eletricidade (PRODEL) é a maior devedora, com 1,8 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros), ao que se juntam ainda os cerca de 800 milhões de dólares (650,3 milhões de euros) de subvenções no período anterior.

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