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Sondagem Aximage/JE: Bruno Lage deve ficar até ao fim da época e adeus à Champions é culpa dos jogadores

Treinador português que levou os encarnados à conquista do título de campeão recebe mais apoio dos adeptos do Sporting do que dos do Benfica. Mas é entre os que apoiam o FC Porto que encontra os seus maiores detratores.
  • Bruno Lage
12 Dezembro 2019, 08h01

Mais de metade dos portugueses consideram que Bruno Lage deve cumprir o contrato, mantendo-se como treinador da equipa principal de futebol do Benfica até ao final desta época, segundo uma sondagem realizada pela Aximage para o Jornal Económico. Os 601 entrevistados entre 29 de novembro e 3 de dezembro, numa altura em que já era certo que o clube tinha falhado a qualificação para a fase seguinte da Liga dos Campeões e ainda não tinha garantida a passagem à Liga Europa, o que só sucedeu na passada terça-feira, ao vencer o Zenit por 3-0 no Estádio da Luz, apontaram maioritariamente para a permanência do treinador português (53,3%), enquanto 25,4% dos inquiridos previram que não terminará a temporada e outros 21,3% não responderam ou admitiram não saber.

São os adeptos do Sporting que confiam mais na permanência de Bruno Lage, com 66,9% a esperarem que cumpra o contrato, enquanto apenas 20,9% contam que ele não fique a comandar o plantel masculino sénior dos encarnados até ao final da presente temporada futebolística, superando o apoio dispensado ao treinador pelos adeptos do Benfica – 65,2% consideram que irá chegar ao final da época e 23,8% preveem que acabe por rescindir contrato  -, enquanto as opiniões mais pessimistas pertencem aos adeptos do FC Porto: apenas 44,6% apontam para que chegue ao final da temporada e 34,6% estão à espera de que abandone o cargo antes disso.

Para as críticas a Bruno Lage, que levou o Benfica à conquista do título de campeão na temporada de 2018/2019 depois de substituir Rui Vitória, terá contribuído o fraco desempenho na Liga dos Campeões, mas a sondagem da Aximage também revela que não é ele o maior culpado dos maus resultados na prova da UEFA. Os entrevistados apontam os jogadores da equipa como os principais responsáveis (30,9%), seguindo-se o treinador (23,8%) e só depois o presidente da sociedade anónima desportiva (SAD) e do clube, Luís Filipe Vieira, escolhido por 17,2% dos entrevistados.

Mais uma vez é entre os adeptos do Sporting que Bruno Lage é mais apreciado: apenas 15,4% o consideram o principal responsável pelo mau desempenho dos encarnados na Liga dos Campeões, enquanto 28,6% culpam Luís Filipe Vieira e 37,8% apontam o dedo ao plantel. Já os adeptos do FC Porto primam pelo equilíbrio na atribuição de responsabilidades, com 26,4% a escolherem os jogadores, 25,4% o treinador e 22,4% o presidente.

Sinal preocupante para Bruno Lage é a elevada percentagem de adeptos do Benfica que o responsabilizam pelo fracasso na principal competição organizada pela UEFA – ainda que à data das entrevistas fosse bastante provável que a equipa terminasse em último no seu grupo, pelo que nem sequer transitaria para a Liga Europa, onde irá encontrar os já apurados Sporting e Sporting de Braga, podendo juntar-se-lhes o FC Porto. Apesar de os jogadores serem apontados como os principais culpados por 35,0% daqueles que se identificaram como benfiquistas, Bruno Lage vem logo a seguir, com 32,4%, enquanto Luís Filipe Vieira tem apenas 12,9% desses entrevistados contra si.

FICHA TÉCNICA

Universo: Indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal.

Amostra: Amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género (2) e escolaridade (2). A amostra teve 601 entrevistas efetivas: 301 entrevistas CAWI e 300 entrevistas CATI; 155 entre os 18 e os 34 anos, 166 entre os 35 e os 49 anos, 146 entre os 50 e os 64 anos e 134 para os 65 e mais anos; Norte 188, Sul e Ilhas 101; Área Metropolitana de Lisboa 195; Centro 117.

Técnica: Aplicação online – CAWI (Computer Assisted Web Interviewing) – de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para os indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos; entrevistas telefónicas – metodologia CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing) do mesmo questionário devidamente adaptado ao suporte utilizado, ao sub-universo utilizado pela AXIMAGE nos seus estudos políticos, com preenchimento das mesmas quotas para os indivíduos com 50 e mais anos e outros. O trabalho de campo decorreu entre 29 de novembro e 3 de dezembro de 2019.

Erro probabilístico: O processo amostral, não sendo aleatório, implica a não indicação do erro probabilístico. Contudo, para efeitos de comparação, para uma amostra probabilística com 601 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma “margem de erro” – a 95% – de 4,00%).

Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de João Queiroz.

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