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PS deve perder maioria absoluta nos Açores

Projeção da Universidade Católica mostra ligeiro recuo dos socialistas, sendo incerto se Vasco Cordeiro poderá continuar a governar com maioria na assembleia regional. PSD deverá subir ligeiramente, enquanto Chega, PAN e Iniciativa Liberal podem ter deputados.
  • Vasco Cordeiro
25 Outubro 2020, 20h06

O PS deve perder a maioria absoluta nos Açores, apesar de voltar a ser a força mais votada na região autónoma, segundo uma projeção da Universidade Católica para a RTP-Açores. Os socialistas, liderados pelo presidente do governo regional Vasco Cordeiro, terão entre 37 e 41%, elegendo entre 26 e 30 deputados, pelo que só no intervalo máximo ficarão acima dos 29 mandatos que lhes garantem mais votos na Assembleia Legislativa Regional dos Açores. Perante isto, a solução de continuidade poderá passar por um entendimento com o CDS ou com a transposição da antiga geringonça para o meio do Atlântico.

O PSD cimenta a posição enquanto segundo partido, tendo na projeção da Universidade Católica entre 32 e 36%, e elegendo 19 a 22 deputados, o que pode significar a conquista de três mandatos. Muito atrás, na luta pelo estatuto de terceira maior força eleitoral açoriana, o CDS e o recém-chegado Chega aparecem com um intervalo entre 3 e 6%, podendo eleger entre um e três deputados.

Atrás vem o Bloco de Esquerda, que não terá confirmado as indicações deixadas nas legislativas de 2019, com 2 a 5% e entre um a dois lugares na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, pouco à frente do PAN – Pessoas, Animais, Natureza, que se deverá estrear com um deputado, resultante de uma votação entre 2 e 3%.

Também poderão ter representação a CDU, que sofre uma quebra (entre 1 e 2%), e elegerá entre zero e dois deputados, enquanto a Iniciativa Liberal, com o mesmo intervalo de votação, pode eleger entre zero e um deputado. Garantida, segundo a projeção da Universidade Católica, estará a manutenção do deputado do PPM pela ilha do Corvo.

Apesar de ser a primeira eleição portuguesa realizada desde o início da pandemia de Covid-19, o ato eleitoral deste domingo poderá, segundo a sondagem da Universidade Católica, representar um recuo nos elevados níveis de abstenção. Aponta-se um intervalo entre 52 e 58% de abstencionistas, contra 59,16% há quatro anos.

Há quatro anos, o PS renovou a maioria absoluta, com 46,43% dos votos e 30 deputados na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, mais três do que a soma dos restantes partidos. O PSD manteve-se como a segunda força, com 30,89% e 19 deputados, seguindo-se o CDS-PP (7,16% e quatro deputados, dois dos quais pelo círculo de compensação que engloba votos que não levaram à conquista de mandatos em cada uma das ilhas), o Bloco de Esquerda (3,66% e dois deputados) e a CDU (2,61% e um deputado, triunfando nas Flores). O PAN conseguiu então apenas 1,43% e não obteve representação parlamentar, ao contrário do PPM, que manteve um deputado devido ao estatuto de segunda força eleitoral na ilha do Corvo.

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