Na semana em que a Standard & Poor’s (S&P) publicará uma avaliação à dívida soberana portuguesa, a agência de notação financeira é acusada de suavizar os seus critérios de avaliação de risco para ganhar negócios e gerar ratings altos em produtos de dívida opaca durante a crise financeira global, acusou um tribunal australiano esta segunda-feira, 12 de março.
A agência norte-americana está a ser processada por, pelo menos, 190 milhões de dólares australianos (cerca de 122 milhões de euros) por dois governos locais e dois fundos de pensões na Austrália. De acordo com a informação divulgada pela Reuters, os visados perderam dinheiro com obrigações sintéticas de dívida garantidas quando a crise das hipotecas atingiu os Estados Unidos da América há dez anos.
O advogado Noel Hutley, representante do conselho, refere que a S&P não tinha motivos que justificassem as altas classificações concedidas a essas obrigações, segundo as declarações veiculadas pela agência noticiosa. “Como resultado dessas várias falhas, as classificações atribuídas [pela S&P] foram falsas, enganosas, e os candidatos sofreram grandes perdas quando as obrigações sintéticas de dívida garantidas falharam”, disse o perito ao Tribunal Federal de Sidney.
Os títulos vendidos na Austrália tendem a ser classificados com AA ou AAA-.
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