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Sporting: ex-administrador da SAD acusa Varandas de prestar informação falsa sobre pagamentos a advogados

Frederico Varandas afirmou que o Sporting pagou, em três anos, 1,7 milhões de euros à MGRA. No entanto, na queixa que entregou à Conselho de Administração da CMVM, Carlos Vieira acusa Varandas de prestar informação falsa aos acionistas, referindo que o valor em causa é de 596 mil euros (mais IVA).
25 Fevereiro 2019, 15h46

O antigo administrador da SAD do Sporting, Carlos Vieira, avançou este fim-de-semana com uma queixa na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) contra a direção do clube. Em causa estão as declarações do presidente dos ‘leões’, Frederico Varandas, sobre os pagamentos realizados nos últimos anos à sociedade de advogados onde trabalha o sogro de Bruno de Carvalho.

Na passada sexta-feira, Frederico Varandas afirmou que o Sporting pagou, em três anos, 1,7 milhões de euros à MGRA, a sociedade de advogados onde trabalha o sogro de Bruno de Carvalho. Este valor representa mais de 50% dos gastos do clube com advogados nos últimos 16 anos, acrescentou Varandas.

No entanto, na queixa que entregou ao supervisor, Carlos Vieira acusa Varandas de prestar informação falsa aos acionistas, referindo que o valor em causa é de 596 mil euros (mais IVA) e não de 1,7 milhões. O antigo administrador do Sporting considera que a divulgação dos valores pagos à MGRA, pela nova direção, é ilegítima, falsa e tendenciosa, pondo em causa a honra dos elementos da antiga equipa diretiva.

 

Sporting garante não ter “visibilidade” sobre trabalhos realizados pela MGRA

Na conferência de imprensa da passada sexta-feira, Frederico Varandas questionou as despesas realizadas com a firma onde trabalha o sogro do seu antecessor.

“[A] sociedade de advogados MGRA, empresa que em 2018 contratou o sogro de Bruno de Carvalho para associado. O Sporting gastou, com uma só empresa, mais de 50% do que gastou com todas as outras de advocacia em 16 anos. O nosso departamento jurídico não tem visibilidade sobre o trabalho que foi feito por eles. Segundo a descrição das faturas, o Sporting pagou 1,7 milhões por trabalhos como: assuntos da presidência, agenda reunião Sporting, preparação de reunião, vários contactos com Bruno de Carvalho, ponto de situação, correspondência com o presidente, contactos com o presidente, aconselhamento ao presidente”, referiu Frederico Varandas.

Sobre o tema, o Jornal Económico contactou o antigo administrador da Sporting SAD, Carlos Vieira, que não quis comentar este tema. Igualmente contactada pelo JE, a SAD do Sporting preferiu não reagir a esta informação.

 

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