[weglot_switcher]

Subidas de 3% do grupo Sonae beneficiam PSI 20

As praças europeias negoceiam mistas a meio da manhã desta quarta-feira, dia em que os investidores estão sobretudo atentos às negociações sobre o Brexit, às atas da Fed e aos resultados de empresas como a Danone ou a Netflix.
17 Outubro 2018, 12h15

A bolsa portuguesa mantém-se em alta ao final da manhã desta quarta-feira, dia 17 de outubro. O principal índice do mercado português, PSI 20, soma 0,45%, para 5.065,60 pontos, sobretudo impulsionado pelas valorizações do retalho, nomeadamente o grupo Sonae, que avança mais de 3%. A Sonae cresce 3,02%, para 0,8345 euros, enquanto a Sonae Capital sobe 3,09%, para 0,7330 euros. No mesmo segmento de atividade, destaque para a subida de 1,68% da Jerónimo Martins.

Na energia, a EDP e a EDP Renováveis valorizam 1,19% e 0,43% (3,156o euros e 8,1850 euros, respetivamente). Recorde-se que Paul Singer, fundador e CEO da gestora de fundos norte-americana Elliott Management Corporation, comprou uma participação de 2,295% na EDP. A REN sobe 0,17%, mas a Galp sobressai pela negativa (-0,19%).

A empresa liderada por João Manso Neto deu a conhecer os dados operacionais, relativos aos primeiros nove meses do ano, antes das negociações terem começado. A energética fez saber que a produção aumentou 4% em termos anuais para 20,7 TWh (terawatts/hora), “beneficiando das adições de capacidade ao longo dos últimos doze meses e de um fator de utilização estável face ao período homólogo”.

A ‘vermelho’ estão ainda os títulos da Mota-Engil, que tomba 3,01%, para 1,8660 euros, os da Pharol (-0,93%) e os da Altri (-1,45%).

As principais praças europeias negoceiam mistas a meio da sessão, num dia em que os investidores estão sobretudo atentos às negociações sobre o Brexit, às atas da Fed e aos resultados de empresas como a Danone ou a Netflix. O índice alemão DAX recua 0,36%, o CAC 40 desvaloriza 0,07%, o italiano FTSE MIB perde 0,37%, o espanhol IBEX 35 deprecia 0,32%. O Euro Stoxx 50 desliza 0,03%. Quanto ao holandês AEX, soma 0,81%, enquanto o britânico FTSE 100 avança 0,17%.

Segundo os analistas do Bankinter, no mercado obrigacionista europeu é provável que os investidores optem por realizar algumas mais valias (subida das yields) durante o dia de hoje. “A curto prazo, a situação deverá ir normalizando progressivamente: o orçamento italiano parece ‘digerido’, os resultados empresariais e os dados macroeconómicos continuam sólidos e o petróleo não deverá superar a barreira dos 90 dólares/barril, nível máximo aceite pelo mercado”, de acordo com a informação veiculada em research enviado esta manhã.

O analista Ramiro Loureiro explica que o setor automóvel está a liderar o movimento descendente na Europa. Em causa está o facto de este segmento de atividade ter visto as vendas de veículos na União Europeia a caírem mais de 20% em setembro, devido ao efeito de antecipação de compras registado em agosto. “A nota da Goldman também impacta no sentimento. Por outro lado, os números da ASML suportam as tecnológicas, em especial as fabricantes semicondutores, depois de um bom guidance para o último trimestre do ano. Por cá, os ganhos da EDP, Jerónimo Martins e Sonae SGPS levam o PSI20 para ganhos interessantes”, refere ainda o trader do Millennium bcp, em comunicado.

No setor petrolífero, a cotação do barril de Brent, que serve de referência para a Europa, recua 0,32% para 81,15 dólares, enquanto a cotação do crude WTI desliza 0,51%, para 71,55 dólares por barril. Quanto ao mercado cambial, destaque para a descida de 0,15% do euro face ao dólar (1,1557) e a desvalorização de 0,34% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,3139).

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.