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Subsidiárias de multinacionais representam 15% do emprego em Portugal

Depois do encerramento anual de aproximadamente 10% do total de empresas multinacionais presentes no país durante a crise financeira de 2008, aumentou a força das subsidiárias no mercado laboral.
3 Outubro 2018, 07h35

O número de empresas subsidiárias de multinacionais totalmente detidas por capital estrangeiro aumentou em Portugal nas últimas décadas, empregando mais de 10% da força de trabalho nacional, conclui um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS).

O estudo “Encerramento de multinacionais”, apresentado esta quarta-feira, na Jornada da Economia e da Competitividade, na Casa da Música, no Porto, conclui que as opções estratégicas na contratação de pessoal se revelam cruciais para o desempenho das subsidiárias em território português.

As empresas subsidiárias de multinacionais correm um risco “significativamente maior” de encerramento quando o recrutamento inicial se concentra em empresas do país de acolhimento, “quando não recorrem a gestores expatriados” e quando evitam o recurso a incentivos remuneratório em função do desempenho, defendem os autores coordenados por Pedro de Faria, professor associado no Departamento de Gestão de Inovação e Estratégia da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade de Groningen.

“Como se pode deduzir, as subsidiárias de EMN [Empresas Multinacionais] em geral e as empresas estritamente estrangeiras em particular, caracterizam-se por terem uma dimensão média muito superior às empresas estritamente nacionais”, salientam.

Depois de encerramento anual de aproximadamente 10% do total de EMN presentes no país durante a crise financeira de 2008, atualmente as subsidiárias empregam mais de 15% da força laboral do país. A maioria concentra-se em Lisboa – cerca de 66% -, seguida por uma maior proporção na região Norte, com 21%.

Segundo o estudo, os profissionais nesta área têm uma maior probabilidade de ingressar em empresas jovens nacionais em caso de encerramento das subsidiárias de empresas multinacionais. Este cenário poderá ser potenciado pela experiência destes profissionais como empreendedores; se o encerramento de uma grande empresa afetar “uma quantidade relevante de força de trabalho” e caso existem poucas oportunidades de emprego noutras subsidiárias.

 

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