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Suécia expulsa ‘qualificados’ por reduzirem o próprio ordenado ou não gozarem férias suficientes

CEOS de grandes grupos suecos, como a Ericsson e a H&M, denunciaram esta sexta-feira (16) a expulsão, por motivos “burocráticos”, de trabalhadores estrangeiros qualificados.
16 Fevereiro 2018, 16h21

“Estas expulsões prejudicam a economia produtiva. As empresas suecas precisam contratar em todo o mundo”, escrevem Börje Ekholm e Stefan Persson, no jornal financeiro “Dagens Industri” (DI), em conjunto com outros 30 CEOS do país escandinavo.

Todos eles denunciam que “engenheiros, técnicos de informática e outros especialistas” correm “o risco de serem expulsos por motivos imprevisíveis”, ou pela violação – voluntária, ou não – das suas condições de residência.

Em Lund (sul), por exemplo, o libanês Hussein Ismail, diretor-geral adjunto de uma empresa de biotecnologia criada em 2012, deverá ter de abandonar o país com a mulher e os filhos depois de precisar de reduzir o salário por três meses em 2015, para tirar a empresa de um mau momento financeiro.

A legislação sueca, que pretende impedir o “dumping” social, é muito restrita a esse respeito: se um trabalhador estrangeiro receber menos do que prevê o Contrato Coletivo de Trabalho, terá de retornar ao seu país.

Outro risco é a expulsão, por não terem tirado férias suficientes, ou por simples erros administrativos de quem contrata estrangeiros. “Normas absurdas que enfraquecem a competitividade da Suécia”, afirma Jenny Linden Urnes, presidente do grupo Linden.

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