[weglot_switcher]

Sugal fatura 265 milhões e consolida posição de número dois mundial

Empresa registou maior campanha de tomate de sempre, com 1,7 milhões de toneladas processadas. Cresce a uma média de 20% ao ano, desde 1997.
  • HO/Reuters
11 Janeiro 2018, 07h15

O grupo português de transformação de tomate Sugal registou os melhores resultados de sempre na campanha do ano passado, com 1,7 milhões de toneladas de tomate processadas – a maior de sempre, representando um crescimento de 30% face a 2016 –, consolidando a sua posição como segundo maior produtor mundial de concentrado e polpa, com uma quota de mercado de cerca de 5%, competindo com grupos de expansão global norte-americanos, chineses, turcos e italianos.

A faturação ascendeu a 265 milhões de euros, no exercício de 2017, registando um valor que traduz um crescimento médio anual de 20%, desde 1997.

A Sugal tem cinco unidades de produção em três países – Portugal, Espanha e Chile –, sendo a única empresa que produz nos dois hemisférios. “O processo [de internacionalização para o Chile] iniciado em 2010 tornou a Sugal uma empresa global, diversificando o risco climatérico, fator muito valorizado pelos nossos clientes”, diz ao Jornal Económico o administrador financeiro da empresa, Pedro Paiva Couceiro. “Com a presença atual em Portugal, Espanha e Chile, podemos dizer que estamos presentes em três das melhores regiões do mundo para produzir concentrado de tomate pelas suas naturais aptidões de clima e solos”, aponta, acrescentando que a produção nos dois hemisférios garante “uma operação de 12 meses permitindo maior flexibilidade e segurança na cadeia de abastecimento global”.

As duas unidades chilenas são responsáveis por cerca de 45% da produção total, as duas unidades fabris instaladas em Portugal representam 40% e os restantes 15% da produção respeitam à fábrica de Espanha.

A empresa trabalha, essencialmente, para exportação, destinando mais de 90% da sua produção a cerca de 70 países.

“Europa, Américas e Ásia são as regiões do Mundo onde já temos uma presença mais significativa e onde queremos continuar a reforçar a nossa presença. Estamos confiantes que 2018 será mais um ano na continuação do processo de crescimento que temos vindo a obter nos últimos 20 anos”, diz Pedro Paiva Couceiro.

O objetivo definido para este ano é de um crescimento da ordem dos 6% na produção. “A Sugal tem como objectivo novas perspetivas de crescimento já em 2018, estimando ultrapassar as 1,8 milhões de toneladas transformadas de tomate fresco”, diz Paiva Couceiro, acrescentando que este será “um ano de consolidação dos investimentos feitos recentemente em todas as geografias”.

Investimento de 70 milhões em inovação

A empresa considera que a inovação é um dos pilares para o desenvolvimento. “Nesta actividade, o foco de inovação está na sustentabilidade do negócio, económica e ambiental”, defende paiva Couceiro. No quinquénio terminado em 2017, o investimento da Sugal em inovação ascendeu a 70 milhões de euros. “[Investimos] dezenas de milhões de euros na implementação de processos produtivos que permitem aumentar a eficiência, através da redução de custos, ao mesmo tempo que reduz o impacto no ambiente”, explica. Procurou-se, por exemplo, uma melhor utilização da água, redução significativa das emissões de dióxido de carbono, “que geram sustentabilidade económica e ambiental em simultâneo”.

“Este esforço de sustentabilidade tem sido alargado à fileira, nomeadamente aos processos agrícolas a montante, através da formação dos nossos agricultores e fornecedores, por forma a reduzir os seus custos de produção, reduzindo os consumos associados ao processo e protegendo os solos. Torna-se, assim, a cadeia mais eficiente com vantagens para todos os elementos”, sustenta o administrador da Sugal, ao Jornal Económico. “Desta forma, temos vindo a reduzir a nossa pegada carbónica de forma continuada, situação chave para manter a competitividade do projeto a longo prazo”.

Artigo publicado na edição digital do Jornal Económico. Assine aqui para ter acesso aos nossos conteúdos em primeira mão.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.