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Supremo tribunal de justiça brasileiro nega pedido de apreensão do telemóvel de Jair Bolsonaro

O juiz encarregue do caso, Celso de Mello, concordou com uma declaração feita pelo procurador-geral do governo, Augusto Aras, de que cabe aos promotores públicos solicitar a devida diligência dentro de uma investigação, acrescentando que os partidos políticos não têm legitimidade para fazê-lo.
2 Junho 2020, 17h59

Os partidos da oposição no Brasil entregaram um pedido ao supremo tribunal de justiça brasileiro (STJB) para que o telemóvel de Bolsonaro fosse apreendido. No entanto, o STJB arquivou a queixa justificando que não cabe aos partidos políticos fazer esse tipo de acusações, segundo a “Reuters”.

O juiz do STJB encarregue do caso, Celso de Mello, afirmou que “tal ameaça pouco comum de desrespeito à eventual ordem judicial emanada pela autoridade judicial competente, é totalmente inaceitável na perspetiva do princípio constitucional da separação de poderes, se efetivamente cumprida, constituiria um comportamento transgressivo muito sério da parte do Presidente da República”.

Ainda assim, o juiz Celso de Mello concordou com uma declaração feita pelo procurador-geral do governo, Augusto Aras, de que cabe aos promotores públicos solicitar a devida diligência dentro de uma investigação, acrescentando que os partidos políticos não têm legitimidade para fazê-lo.

Mello aproveitou para criticar a postura de Jair Bolsonaro depois do presidente brasileiro ter dito que não cumpriria com uma possível ordem judicial que determinasse a apreensão do seu telemóvel.

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