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Take away “é o negócio do momento”

Quem o diz é o responsável pela empresa de entregas Marmita, Rogério Meireis sublinhando que “o facto de os restaurantes estarem fechados obviamente que há uma transferência de consumo”.
10 Dezembro 2020, 17h50

A pandemia e as restrições podem ter afetado alguns sectores, mas houve negócios conseguiram prosperar nos últimos meses, mas acima de tudo nas últimas semanas. Apesar dos contratempos, o serviço de take away é um negócio cuja procura tem-se demonstrado elevada desde o primeiro fim de semana de recolher obrigatório, segundo as fontes contactadas pelo Jornal Económico (JE).

“Claramente este é o negócio do momento, é um negócio com uma grande procura e acentuada”, aponta o responsável pela empresa Marmita, Rogério Meireis sublinhando que “o facto de os restaurantes estarem fechados obviamente que há uma transferência de consumo”.

“Este fim-de-semana, como não entregamos ao sábado e ao domingo, as encomendas de sexta-feira, em relação a uma sexta-feira normal, quadruplicamos”, garantiu ao JE Rogério Meireis depois do primeiro fim-de-sema de recolher obrigatório que decorreu entre 13 a 14 de novembro. Mais recentemente, o responsável pela Marmita aponta para sextas-feiras com mais de mil pedidos e em que muitas variam entre os 2 a 3 mil pedidos.

Rogério acredita que esta subida deve-se às “pessoas que ao fim de semana estavam habituadas a ir comer ou jantar fora e não têm mindset para cozinhar” ou até mesmo às “, as pessoas que estão em teletrabalho e a certo ponto entraram num processo de fadiga de cozinharem”.

No Menu, empresa de take away, a crescente demanda também foi sentido, no entanto a perspetiva para o futuro não é tão positiva. “Estamos no mercado há 23 anos e até a chegada das grandes plataformas eramos líderes de mercado”, frisou ao JE Jorge Ferreira um dos sócios da empresa No Menu.

Recorda que durante os primeiros meses, marcados pelo primeiro confinamento “crescemos um bocadinho, as vendas cresceram um bocadinho e depois voltaram outra vez ao mesmo ponto”, acrescentando que “abril e maio foram meses interessantes tivemos uma subida de 30 a 40% face aos outros meses e depois voltamos a assistir a uma redução”.

Com o recolher obrigatório essa tendência reverteu-se. “O que aconteceu foi que trabalhamos imenso, durante esta semana chegamos a valores que já não chegávamos há algum tempo, há dois anos”, explicou Jorge Ferreira.

No Menu existiram “mais 100% de pedidos em relação ao fim de semana anterior. Tivemos o regresso de muitos clientes que já não ligavam há algum tempo”. Desde então os valores mantiveram-se com cerca de 2 mil pedidos por dia.

Apesar do cenário parecer promissor, Jorge Ferreira destaca que “somos uma empresa pequenina e precisamos mais do que nunca do apoio do cliente nacional”, recordando que com a vinda de plataformas como a Uber, desde 2018 perderam 60% da faturação. Números a que têm regressado, exceto nestas últimas semanas.

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