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TAP afirma não há perigo para a saúde após testes aos aviões A330neo

Em carta enviada aos tripulantes, a companhia aérea informa que tem estado a monitorizar, em conjunto com a Airbus, as condições dos aparelhos, depois de nos últimos meses terem surgido queixas de tripulantes e passageiros por sentirem náuseas e um odor estranho a bordo.
12 Julho 2019, 08h01

A TAP garantiu esta quinta-feira que testes efetuados a bordo dos novos A330neo não encontraram “a bordo quaisquer substâncias que possam constituir um perigo para a saúde dos tripulantes e dos passageiros”, nem “registo de insuficiência de oxigénio”.

Numa carta enviada aos tripulantes, a que a Lusa teve acesso, a companhia aérea informa que tem estado a monitorizar, em conjunto com a fabricante Airbus, as condições dos aparelhos, depois de nos últimos meses terem surgido queixas de tripulantes e passageiros por sentirem náuseas e um odor estranho a bordo.

Segundo a empresa, foi instalado “um equipamento ‘Aerotracer’, com vista à análise e identificação de ar contaminado por diferentes agentes na cabina do avião”.

“Dos 20 voos realizados com o ‘Aerotracer’ instalado, apenas em dois deles foram registados episódios pontuais de cheiros” identificados, mas “em níveis residuais” que estão muito abaixo dos valores limite de referência” em termos de qualidade do ar da cabine.

“Salientamos que, esta semana, na totalidade dos voos realizados, houve um decréscimo de eventos reportados relativamente à semana anterior, o que revela uma evolução muito positiva”, garantiu a TAP, anunciando que ainda esta semana iria instalar um ‘Aerotracer’ em outro avião “e obter um equipamento extra, no futuro próximo, com o objetivo de ter uma amostra mais abrangente e célere da qualidade do ar na frota A330-900neo”, lê-se na missiva.

Já no que diz respeito “aos episódios reportados de mal-estar na cabina temos vindo a seguir os casos reportados em conformidade com as práticas adotadas e de acordo com os padrões recomendados”, garantiu a companhia aérea.

“Registamos que, à data, não existem casos identificados que tenham necessitado de cuidados médicos de maior urgência, sendo que a totalidade dos casos assistidos na UCS [Unidade de Cuidados de Saúde] apresentou apenas sintomas transitórios e exames sem alterações. Dos reportes recebidos na empresa, 12 tripulantes deslocaram-se à UCS, o que representa 0,5% face ao total de tripulantes que já voaram nos A330-900neo”, destacou a empresa.

A TAP anunciou ainda que a Airbus vai montar sensores e outros equipamentos, para medir temperatura e CO2 “como reforço das análises em curso”.

“Apesar dos resultados obtidos, uma equipa multidisciplinar e especializada, constituída por elementos da Manutenção e Engenharia, UCS, ‘Safety’, Operação de Voo e Tripulantes de Cabina, continua a acompanhar, permanentemente e com a maior atenção esta situação em particular”, garantiu a empresa.

A TAP deu ainda conta de uma carta da Airbus, em que a empresa diz estar a acompanhar a situação e rejeita ligações entre as náuseas e os odores.

Segundo noticiou o DN/Dinheiro Vivo, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) admite a convocação de uma greve “caso a TAP não mostre garantias de que o problema pode ser resolvido em pouco tempo”.

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