A companhia aérea TAP SA registou prejuízos de 95,6 milhões de euros em 2019, anunciou hoje a transportadora aérea, em plena polémica relacionada com os prémios que a companhia paga a alguns dos seus trabalhadores.
Os prejuízos subiram 37,6 milhões face ao ano anterior “em resultado do investimento na renovação da frota sendo os custos relacionados com o processo de transformação da frota de aproximadamente 55 milhões”, justifica a companhia.
Analisando o grupo TAP SGPS – que inclui as operações de manutenção, de catering, entre outras – os prejuízos atingem os 105,6 milhões de euros, men0s 22,4 milhões de euros.
Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) atingiram 522,9 milhões de euros em 2019, mais 16,7% face a período homólogo.
Os prejuízos são conhecidos num momento em que aumenta a tensão entre o acionista Estado e o acionista privado da companhia. O Governo disse ontem considerar “inaceitável” e uma “falta de respeito para com a esmagadora maioria dos trabalhadores da TAP e para com os portugueses” que a TAP queira pagar prémios depois de prejuízos de 95,6 milhões.
Já o total de receitas operacionais aumentou em 3,8% para 3.298 milhões. As receitas de passageiros subiram 131,6 milhões para 2.914 milhões.
Destaque para o aumento de 33,4% das receitas de passagens das rodas da América do Norte. Já as rotas domésticas (continentes e regiões autónomas) geraram um aumento de receitas de 13,2%.
A companhia destaca que em 2019 entraram 30 aviões Airbus ao serviço, “permitindo à TAP a expansão
para 11 novos mercados, dos quais se destacam o início das operações no Médio Oriente (Tel Aviv), expansão
nos EUA, com o contributo das novas rotas que começaram em junho (São Francisco, Chicago e Washington)
e novas rotas em África (Conacri e Banjul)”.
A transportadora aérea também atingiu um “número recorde de passageiros transportados em 2019, atingindo 17,1 milhões, mais 8,2%.
A TAP aponta para a “estratégia de diversificação bem sucedida, com o mercado Norte-Americano a representar já 14% das receitas de passagens, um aumento de 3 pontos percentuais quando comparado com 2018 e de 8 pontos percentuais face a 2015”.
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