A companhia aérea portuguesa TAP foi a primeira operadora comercial do mundo a estrear a nova aeronave A33Neo, que “é consideravelmente mais eficiente e consumindo, em média, menos 17% de combustível por cadeira que a geração anterior de aeronaves, resultando numa redução muito significativa das emissões de CO2 e ruído”, diz a empresa.
A empresa portuguesa encomendou 14 exemplares deste modelo para a renovação da frota e, segundo o fabricante, o modelo promete renovar a experiência da viagem no bordo.
Conforme avançou hoje a TSF, os passageiros e a tripulação têm apresentado queixas quando voam nestes aviões. As queixas passam por enjoos e vómitos, durante as ligações de longo curso. A Airbus e a TAP já estão a investigar a situação.
De acordo com os relatos citados pela TSF, a tripulação começou a sentir-se mal no fim do voo que tinha como destino o Brasil, e os pilotos foram vistos a utilizar as máscaras de oxigénio. Os sintomas têm sido sentidos nos voos intercontinentais.
A rádio TSF avançou que a origem do problema poderá estar no sistema de renovação do ar dentro da aeronave, e como a passagem de ar, que está a ser captada pelo motor, pode ser insuficiente. Os casos já foram comunicados à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), que afirma estar a trabalhar em conjunto com a TAP.
“Os testes já realizados tanto pela TAP, como pela Airbus, não permitem estabelecer qualquer correlação entre estes episódios e uma hipotética, mas não demonstrada, deficiência na circulação e renovação de ar”, anunciou a empresa.
Luciana Passo, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), confirmou à TSF ter recebido perto de 10 relatos de tripulantes. “É evidente que há tripulantes e passageiros que enjoam em determinadas fases de voo com turbulência mais moderada ou mais severa, mas os relatos que temos não têm a ver com isso e sim com o decurso normal de voos de longa duração e longo curso operados neste tipo de equipamento”, sublinhou.
A TAP já respondeu a esta situação em comunicado citado pela Lusa afirmando que os odores provenientes do ar condicionado “é um facto considerado normal em aeronaves novas e que desaparece logo após as primeiras utilizações”. A companhia aérea sustentou ainda que “nunca colocaria os seus clientes e trabalhadores numa situação de risco para a sua saúde”.
“O A330neo é um avião com todas as certificações por parte das autoridades nacionais e internacionais e totalmente apto para o serviço de transporte de passageiros em total segurança”, refere a companhia portuguesa, notando que “as cabinas da Airbus são projetadas e fabricadas de forma a prevenir qualquer tipo de contaminação do ar”.
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