[weglot_switcher]

TAP prevê voos diretos entre Lisboa e China “num futuro não muito longínquo”

O ‘chairman’ da TAP afirma que a Rota da Seda é uma “iniciativa ímpar e abrangente”, num fórum no âmbito da Feira Internacional de Macau, que decorre até este sábado no hotel The Venetian. “O maior desenvolvimento económico beneficiará todos: as empresas e os países”, diz.
18 Outubro 2019, 07h15

O presidente do conselho de administração da TAP disse esta sexta-feira que “não está excluída” a hipótese de que a companhia aérea portuguesa “possa efetuar os seus próximos voos diretos para a China”, entre Lisboa e Pequim-Macau em breve.

“Pode vir a ser uma realidade num futuro não muito longínquo”, afirmou Miguel Frasquilho, numa conferência no âmbito da 24ª Feira Internacional de Macau 2019 (MIF), que decorre até este sábado, no hotel The Venetian, em Macau. Segundo o gestor, a TAP “acredita neste potencial” e que “o maior desenvolvimento económico beneficiará todos: as empresas e os países”.

Num discurso na quinta edição do Fórum de Jovens Empresários entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o ‘chairman’ da TAP realçou ainda que a empresa nacional pode ser uma “parceira perfeita” no programa Nova Rota da Seda. “A Rota da Seda é uma iniciativa ímpar e abrangente”, frisou, no painel “Macau na Rota da Seda”, promovido pela Associação de Jovens Empresários Portugal-China.

Amigos da Rota da Seda com mais de 100 países

Na mesma sessão, Fernanda lhéu, presidente da Associação dos Amigos na Nova Rota da Seda (ANRS), adiantou que a associação conta com a participação de 126 países e 29 organizações, 173 contratos desenvolvimento e investimentos de 410 mil milhões de dólares entre 2014 e 2019.

Por sua vez, Derio Chan, presidente da CEIBA (China Europe Internacional  Business Association), lançou três desafios aos empresários chineses e de língua portuguesa: encontrar fontes de financiamento, construir produtos e serviços com uma missão associada e desafiar jovens a tornarem-se empreendedores. “Eu acredito na economia de mercado”, disse.

O dirigente associativo lembrou que, muitas vezes, a dificuldade é depender das volatilidades do mercado e recordou os tempos em que era complicado “financiar as operações e torná-las escaláveis porque os apoios dos governos simplesmente não estava lá”. “Não acho que estejamos a fazer o suficiente . Temos muito bons talentos técnicos, com conhecimentos em tecnologias da Internet, que podem ser incorporadas nas nossas operações”, defendeu Derio Chan.

O presidente da CEIBA lamenta que existam empresas portuguesas que não arrisquem em “entregar serviços” na região de Macau, em Hong Kong e na China por não acreditarem que haja oportunidades nesta zona da Ásia, que o seu projeto vença seja bem-sucedido nos próximos 10 anos e que tenham espaço de mercado. “Por isso, proponho-vos parcerias. Se abrirem um espaço também têm de recorrer às pessoas daqui”, sugeriu.

*O Jornal Económico está em Macau a acompanhar a MIF 2019, com uma equipa de reportagem. Siga-nos no site e na edição semanal.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.