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TAP tem 80% dos trabalhadores em regime de layoff simplificado

Os trabalhadores da companhia aérea vão continuar em regime de layoff durante o mês de julho, mas a empresa ainda não consegue avançar qual a percentagem. Companhia aérea conta com mais de 10,6 mil trabalhadores em Portugal.
25 Junho 2020, 08h17

A TAP conta atualmente com 80% dos seus trabalhadores em regime de layoff simplificado. No próximo mês, a companhia aérea prevê manter este regime, não sabendo ainda qual a percentagem de trabalhadores que serão afetados pela medida em julho.

“Temos 80% dos colaboradores que estão em casa , que sofreram corte forte das remunerações”, afirmou o presidente do conselho de administração da empresa na quarta-feira no Parlamento.

“O processo de layoff irá continuar no mês de julho e terá de ser reavaliado consoante a retoma”, afirmou Miguel Frasquilho.

“Tínhamos cerca de 90% dos trabalhadores em layoff em abril, 85% em maio, e 80% em junho. Esperamos que sejam menos em julho”, disse o gestor à margem da audição.

Em Portugal, o grupo TAP contava no final de 2019 com mais de 10.617 trabalhadores, incluindo 3.786 tripulantes de cabine, e 1.535 pilotos.

“Vai depender de tanta coisa, se as fronteiras vão estar como nos achamos que vão estar nesta altura, se vai haver países que vão ter um retrocesso nessa matéria. Nós desejamos que seja o menor número possível”, apontou Miguel Frasquilho.

Durante a audição, o presidente do conselho de administração apontou que a TAP prevê em agosto ter retomado a sua operação para 25% dos valores pré-pandemia Covid-19. “Isto mostra bem a gravidade do período que estamos a atravessar”.

“A nossa intenção para preparar o futuro é salvaguardar o mais possível os postos de trabalho e minimizar impactos sociais e sacrifícios”, garantiu o gestor referindo-se ao plano de reestruturação que a TAP terá de apresentar à Comissão Europeia no espaço de seis meses.

Antes, a companhia aérea vai receber uma injeção de 1.200 milhões de euros do Estado português. Como não vai conseguir reembolsar o empréstimo no espaço de seis meses, conforme exigido por Bruxelas, a empresa terá de avançar para este plano de reestruturação.

A TAP é detida em 50% pelo Estado português, com a consórcio privado Atlantic Gateway, que pertence aos empresários norte-americano David Neeleman e o português Humberto Pedrosa, a deter 45%.

O presidente executivo da TAP avisou no Parlamento na terça-feira que a empresa não vai conseguir pagar em seis meses o empréstimo de 1.200 milhões de euros.

“Não temos condições de pagar a dívida a seis meses. Nenhuma companhia aérea tomou empréstimos para pagar a seis meses”, afirmou Antonoaldo Neves.

O gestor também avisou que Bruxelas vai ser “dura” com a TAP quando tiver de aprovar o plano de reestruturação da companhia.

“Eu não espero nada menos de que uma Comissão Europeia extremamente dura com a TAP, preferia que fosse diferente”, afirmou ontem o gestor o Parlamento, apontando para outras companhias aéreas que foram obrigadas a cortar muitas rotas por Bruxelas.

 

https://jornaleconomico.pt/noticias/chairman-da-tap-espera-que-acionistas-privados-aceitem-acordo-para-emprestimo-de-1-200-milhoes-nos-proximos-dias-604867

 

 

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