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“Tariff Man” afunda bolsa de Nova Iorque

Donald Trump fez várias declarações no Twitter e intitulou-se de “homem das tarifas”, num claro sinal de que se as negociações com a China não chegarem a bom porto, o presidente norte-americano poderá impor novas tarifas aduaneiras às importações chinesas.
  • Reuters
4 Dezembro 2018, 21h16

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recorreu ao Twitter para falar sobre as negociações com a China a propósito das relações comerciais entre os dois países. Na segunda sessão da semana, os investidores ressentiram-se das incertezas em torno do acordo de tréguas entre os EUA e China, penalizando os três principais índices, que registaram ligeiras perdas. Mas as declarações Trump naquela rede social penalizaram ainda mais os mercados, com o Nasqaq, o Dow Jones e o S&P 500 a perderem mais de 3%.

O S&P 500 perdeu 3,21%, para 2.700,82 pontos, o tecnológico Nasdaq cedeu 3,78% para 6.705,21 pontos e o industrial Dow Jones desvalorizou 3,10% para 25.027,07 pontos.

Donald Trump disse que quer celebrar um acordo comercial “justo” com a China, cujas negociações já começaram e que deverão terminar num prazo de 90 dias após “um jantar com o presidente Xi na Argentina”. Donald Trump revelou ainda que os dois presidentes querem que este acordo aconteça. Caso contrário, Trump alertou o público que é um “tariff man”, isto é, o homem das tarifas.

 

As ações das empresas mais sensíveis ao comércio internacional ressentiram-se com os investidores a mostrarem-se céticos em relação ao êxito das negociações entre as duas maiores potências económicas mundiais, que deverão durar 90 dia

As ações das empresas financeiras, nomeadamente no setor bancário, foram penalizados com os sinais de abrandamento da economia norte-americana, devido ao desempenho ‘arrefecido’ do mercado obrigacionista. As taxas de juro das obrigações de curto-prazo do Tesouro norte-americano suplantaram as taxas de juro das bonds de longo-prazo, isto é, houve uma inversão da curva das taxas de juro do Tesouro, o que constitui um sinal de recessão económica.

Tanto as ações dos bancos como das tecnológicas pressionaram os mercados e ambos os setores lideraram as perdas no S&P 500, ao terem desvalorizado mais de 4%. As ações do Goldman Sachs perderam 4% enquanto os títulos do Citigroup tombaram 5%.

(atualizada)

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