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Taxa de desemprego na zona euro sobe ligeiramente em junho

Dados do Eurostat mostram pequenas subidas do desemprego relativamente ao mês de maio, bem como do desemprego jovem. Espanha continua a registar as taxas mais elevadas. A taxa de desemprego em Portugal ficou 0,8 pontos abaixo da média da zona euro.
30 Julho 2020, 11h38

A taxa de desemprego na zona euro atingiu, em junho, 7,8%. Este valor representa uma subida de 0,1pp relativamente ao mês anterior, maio, quando a taxa de desemprego no grupo dos países da moeda única ficou nos 7,7%. Os dados são ajustados à sazonalidade e foram hoje publicados pelo Eurostat.

Estendendo a análise à União Europeia, o desemprego verificado foi de 7,1% em junho, mais 0,1pp do que em maio. Assim, verificam-se 15,023 milhões de desempregados na UE, dos quais 12,685 milhões na zona euro.

Espanha é o país onde se verifica uma taxa de desemprego mais elevada, chegando aos 15,6%. Também na Letónia se verifica uma taxa de dois dígitos, com 10,1%. Chipre (9,8%), Lituânia (9,4%) e Suécia (9,3%) fecham o top-5. Do lado oposto, a República Checa (2,6%) e a Polónia (3%) registam as taxas mais baixas de desemprego na UE. Em Portugal, o valor ficou pelos 7%

O desemprego jovem, ou seja, em indivíduos abaixo dos 25 anos, atingiu os 16,8% na UE e 17% na zona euro, acima dos 16,2% e 16,5% verificados, respetivamente, em maio. Espanha volta a liderar no desemprego jovem, com 40,6% dos jovens desempregados. Seguem-se Suécia (28,7%) e Itália (27,6%). Apenas na Alemanha (5,6%), Rep. Checa (8,2%) e Polónia (9,5%) este indicador fica abaixo dos 10%. O desemprego jovem em Portugal atinge os 25,6%.

Os dados por género mostram uma taxa de desemprego entre as mulheres de 7,5%, face aos 7,3% de maio, e de 6,7% para os homens, mais 0,1pp do que no mês anterior, isto para a UE. Na zona euro, estes valores passam para 8,3% para as mulheres e 7,4% nos homens, subidas em relação aos 8,1% e aos 7,3%, respetivamente, verificados em junho. Em Portugal, a taxa de desemprego é de 7,2% para as mulheres e 6,8% para os homens.

O Eurostat alerta ainda para o impacto das medidas de confinamento nestas estatísticas, que tornaram muitas situações de desemprego em inatividade, a partir do momento em que o trabalhador deixa de procurar ativamente por trabalho, como, por exemplo, indivíduos que tenham de ficar em casa a cuidar dos filhos. Assim, o órgão estatístico da UE refere outros indicadores para uma mais completa análise do impacto da Covid-19 no emprego, como a taxa de subutilização ou os números de postos de trabalho.

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