As famílias portuguesas pouparam 12,8 euros por cada 100 euros de rendimento disponível em 2020, quase mais cinco euros do que pouparam em 2019. É preciso recuar a 2002 para verificar uma taxa de poupança tão elevada entre os particulares, revelam esta sexta-feira os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de poupança das famílias aumentou para 12,8% do rendimento disponível no quarto trimestre do ano passado, mais 1,8 pontos percentuais (p.p.) do que no terceiro trimestre de 2020 e mais 5,7 p.p. do que no quarto trimestre de 2019. Em ano de pandemia, esta evolução resultou segundo o organismo de estatística do aumento do rendimento e da redução da despesa de consumo.
“Este resultado refletiu sobretudo a variação nominal de -5,0% do consumo privado em 2020, variação negativa sem precedente na série iniciada em 1995, visto que o rendimento disponível das famílias aumentou 1,0%, refletindo em parte as medidas de políticas públicas adotadas no contexto da pandemia”, refere o organismo de estatística.
De acordo com o INE, a capacidade de financiamento das famílias situou-se em 5,9% do PIB no quarto trimestre de 2020, mais 1,4 p.p. que no trimestre anterior, em consequência do aumento da poupança em 16,4%.
O INE assinala ainda que para a taxa de variação do rendimento disponível “as remunerações e as prestações sociais contribuíram em 0,4 e 0,3 p.p., respetivamente”.
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