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Tecnológica Salesforce é oficialmente neutra em carbono e só usa renováveis

A empresa revelou ainda que tem novas funcionalidades para as organizações criarem autênticas “sedes digitais”, com o contributo da Slack, plataforma que adquiriu este verão por 27,7 mil milhões de dólares.
21 Setembro 2021, 13h05

Oito anos depois de se ter lançado na descarbonização, a tecnológica norte-americana Salesforce atingiu oficialmente a neutralidade carbónica na cadeia de valor e está a utilizar 100% energia renovável em todas as suas operações, anunciou esta terça-feira a empresa especializada em Customer Relationship Management (CRM).

O marco ‘verde’ só foi possível através do compromisso público de chegar a um futuro “net zero” em linha com o futuro 1,5ºC, da priorização da redução de emissões de gases com efeito de estufa e da compensação das emissões restantes com a compra de energia renovável e créditos de carbono. “As mudanças climáticas impactam tudo e todos, e impactam de forma desproporcional os mais pobres e vulneráveis, amplificando as desigualdades mundiais”, alerta Suzanne DiBianca, Chief Impact Officer da Salesforce.

Contudo, o conhecimento será partilhado, uma vez que a empresa acaba ainda de disponibilizar o seu “Climate Action Plan” para que outros gestores também tenham as seis prioridades sustentáveis – redução de emissões, retirada de carbono, restauração de triliões de árvores e ecossistemas, educação e mobilização, inovação e regulação e políticas – e meçam e rastreiem os efeitos das mesas (neste caso com a “Sustainability Cloud 2.0, Net Zero as a Service”).

“O Sustainability Cloud veio acelerar muito o nosso caminho até à neutralidade carbónica e estamos a incentivar os nossos clientes, através de ferramentas transformacionais e dados de confiança, para que também eles possam reduzir as suas emissões de carbono e tomarem uma ação climática concreta”, referiu ainda Suzanne DiBianca.

O pontapé de saída do Dreamforce – um dos maiores eventos de software do mundo – foi a ocasião encontrada pela Salesforce para tornar público este passo na sustentabilidade ambiental, que partiu de quatro eixos de negócio: trabalhar a partir de qualquer lugar, infraestruturas, viagens de trabalho e cadeia de abastecimento.

“Há uma crise de desigualdades que esta pandemia agravou, iniquidades nas escolas públicas, impacto nos géneros… Se abrirem qualquer jornal podem ler sobre a deslocalização e a disrupção de que estes dois anos foram para as forças de trabalho. Estamos também no meio de uma crise de sustentabilidade global”, começou por explicar Bret Taylor, presidente e CEO, na conferência de imprensa.

Bret Taylor contextualizou a audiência para o que apelidou de uma “crise de confiança” gerada pelos motivos acima. Por isso, o tema do Dreamforce deste ano foi nada mais nada menos que a “empresa de confiança”. “Todas as empresas no mundo têm de colocar a confiança como o valor número um e reconhecer a importância de aparecer e intervir nestas crises geracionais”, argumentou o diretor executivo.

(Mais) digitalização

Como não é só de metas verdes que vive uma empresa, a sessão contou também com a apresentação de avanços tecnológicos que a Salesforce tem feito devido à sua estratégia de crescimento por aquisições. Três meses depois de comprar a Slack por 27,7 mil milhões de dólares (aproximadamente 23 mil milhões de euros), deu mais um passo na integração das tecnologias, que agora estão em harmonia nas soluções de comércio, experiência, plataforma, trailhead, mulsesoft e quip, industry clouds, entre outros produtos da Salesforce.

“Integrámos realmente a Slack nos nossos clientes, como IBM, Ikea… É interessante vê-los envolvidos a 360º neste novo mundo digital. As equipas de vendas estão a fechar negócios 50% mais rápido do que alguma vez tinham, aumentando a receitas em mais de 26% quando utilizam estas capacidades, as equipas de serviços de clientes estão a ter 20% mais engagement“, apontou o CEO. E não são os únicos. A jornada está a acontecer igualmente na cadeia de pizzarias Domino’s e ou na Splunk.

Os lançamentos partem da premissa de que todas as empresas precisam de reinventar os seus processos e as ferramentas, entre os quais se incluem as tradicionais reuniões presenciais ou os emails internos genéricos. Assim, o objetivo das inovações passa por dar empoderar as equipas no trabalho colaborativo com membros internos e externos através de canais construídos com dados de CRM. Por exemplo, os “Clips”, para criar e partilhar facilmente ficheiros de áudio, vídeo e print-screens em qualquer canal na Slack.

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