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Tecnológicas dividem-se entre exigir ou não a vacinação dos funcionários no regresso ao trabalho

Nos Estados Unidos, os trabalhadores da Netflix, Facebook ou Google estão obrigados a levar a vacina contra a Covid-19, enquanto empresas como a Amazon, Microsoft ou Uber, optam por não recomendar a vacinação dos seus colaboradores.
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29 Julho 2021, 19h16

Se em Portugal a variante Delta já é responsável por 98,6% dos casos de infecção por Covid-19, nos Estados Unidos esta variante começa também a espalhar-se por vários estados, numa altura em que o regresso ao trabalho é equacionado. Segundo o “Business Insider”, algumas das maiores empresas tecnológicas estão a exigir que os seus funcionários sejam vacinados antes de voltarem aos escritórios, mas nem todas as empresas pensam desta forma.

Na quarta-feira, o Facebook e a Alphabet deram conta de que todos os funcionários que chegam aos seus escritórios nos Estados Unidos devem ser totalmente vacinados. A empresa de Mark Zuckerberg, planeia reabrir os seus escritórios com 50% da lotação até ao início de setembro e a capacidade total em outubro.

“À medida que os nossos escritórios forem reabrindo, exigiremos que qualquer um que venha trabalhar em qualquer um dos nossos escritórios nos EUA seja vacinado. A maneira como implementamos esta política dependerá das condições e regulamentações locais. Continuamos a trabalhar com especialistas para garantir que os nossos planos de regresso ao escritório priorizam a saúde e segurança de todos”, referiu o vice-presidente do Facebook, Lori Goler, em comunicado.

Também a Google vai exigir que todos os seus funcionários em território norte-americano sejam vacinados. De acordo com a “Reuters”, até setembro a Google pretende ter uma lotação de 50% nos seus escritórios e a capacidade total a 18 de outubro.

“Qualquer pessoa que vier trabalhar nos nossos escritórios precisa de ser vacinada. Estamos a implementar esta política nos EUA nas próximas semanas e será expandida para outras regiões nos próximos meses. A implementação irá variar de acordo com as condições e regulamentações locais, e não se aplicará até que as vacinas estejam amplamente disponíveis na sua área”, escreveu o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, na quarta-feira.

Também a Netflix vai exigir a vacinação em produções nos EUA para os atores e equipas de produção que trabalhem na “Zona A”. Quanto aos escritórios não vão reabrir até que a maioria das pessoas seja vacinada, mas a empresa espera que os seus funcionários regressem após o dia do trabalhador a 7 de setembro.

Por sua vez, a Amazon não exige que os seus trabalhadores se vacinem, sendo que aqueles que não foram totalmente vacinados devem usar máscaras no escritório. De resto, a maioria dos escritórios da Amazon já estão abertos e os funcionários estão começar a voltar, esperando-se um regresso normal em setembro. Os membros da administração terão opções flexíveis de trabalho híbrido, enquanto os funcionários em funções que exigem trabalho no local, como engenheiros de hardware continuarão a trabalhar no local.

A Uber não vai exigir a vacinação aos seus trabalhadores, estando a reabertura dos escritórios programa para o dia 13 de setembro, de acordo com a “Reuters”. No entanto, a empresa pode ser forçada a reconsiderar a questão das vacinas depois que um membro da administração ter infectado outros funcionários numa reunião realizada recentemente.

Quem também não vai exigir que os seus empregados se vacinem é a Microsoft. Em abril, a empresa tinha adiado a reabertura dos escritórios para julho e assim “oferecer uma flexibilidade adicional para os funcionários fazerem planos para o verão”. Em janeiro, Kurt DelBene, que lidera a resposta da empresa à pandemia, disse que a Microsoft não precisa de vacinas. O regresso ao escritório está previsto para 7 de setembro sem qualquer tipo de restrições de saúde.

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