Tecnológicas mantêm-se a liderar em Wall Street

A Bolsa de Nova Iorque atingiu máximos de seis semanas no início da sessão desta terça-feira. Os mercados financeiros norte-americanos estão a valorizar, com os três principais índices em alta, sobretudo devido aos ganhos das tecnológicas – que já ontem se mostravam significativos.

“Depois de esta manhã o presidente do Banco Central Europeu ter mostrado intenção de suporte à economia e inflação na zona euro, o que foi aplaudido pelos investidores, é natural que nos Estados Unidos os holofotes se voltem para as conclusões da Fed, a serem comunicadas amanhã pelas 19h00 (hora de Lisboa)”, refere Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, numa nota enviada esta tarde.

O Dow Jones soma 1,21% (para os 26.427,93 pontos). Na mesma linha, o alargado S&P 500 avança 1,20% (para os 2.924,48 pontos) e o tecnológico Nasdaq cresceu 1,82% (para os 7.987,49 pontos). Também o Russell 2000 valoriza (+1,62%, para os 1.558,39 pontos).

Em research de mercado publicado hoje, os analistas do Bankinter destacaram a boa sessão das praças mundiais no arranque desta semana, “animadas por uma maior expetativa de redução das taxas nos Estados Unidos, depois de o Empire Manufacturing ter registado o seu pior dado desde novembro de 2016”. “O primeiro corte das taxas deverá ocorrer em julho, mas tudo depende do que diga Powell na reunião de amanhã”, explicam os especialistas do banco espanhol.

As designadas FAANG estão a subir mais de 1%. O Facebook avança 1,93%, para 192,66 dólares, após ter apresentado a sua moeda virtual, que se chama “Libra” e que deverá permitir que os consumidores façam pagamentos já a partir de 2020. Segundo o analista do Millennium bcp, a rede social liderada por Mark Zuckerberg quer gerar lucro com a ‘cripto’ através da Calibra, a nova subsidiária que estará a construir um portrfolio digital para armazenamento e troca de moeda.

Também a gigante do e-commerce Amazon sobe 1,43%, para 1.913,21 dólares, e a empresa de streaming Neftlix cresce 2,73%, para 360,19 dólares. Já a Alphabet (dona da Google) valoriza 1,82%, para 1.112,37 dólares.

O preço do “ouro negro” está a subir. A cotação do barril de Brent soma 1,64%, para 61,94 dólares, enquanto a cotação do crude WTI avança 2,91%, para 53,69 dólares por barril. No mercado cambial, nota para a depreciação de 0,26% do euro face ao dólar (1,1188) e para a desvalorização ligeira de 0,05% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,2526).