[weglot_switcher]

Tejo: Matos Fernandes promete estudo sobre barragem para o verão de 2020

“Se tivermos o estudo em junho, vamos ter de o discutir publicamente, mas quero acreditar que no outro OE [Orçamento de estado para 2021] já há verbas para o projeto”, garante o ministro do Ambiente.
9 Novembro 2019, 20h37

O ministro do Ambiente e da Transição Energética promete que no próximo verão de 2020 deverá estar concluído o estudo prévio para uma nova barragem no Tejo, do lado português da fronteira, para fazer face à escassez do caudal devido ao incumprimento da Convenção de Albufeira por parte das autoridades espanholas.

Em entrevista ai ‘Dinheiro Vivo’ suplemento económico do Diário de Notícias e do Jornal de Notícias, João Pedro Matos Fernandes assegura que “há uma decisão concreta para estudar esta barragem e essa indicação já foi dada à Agência Portuguesa do Ambiente”.

“Chegaremos ao verão com um estudo prévio para essa barragem, com várias alternativas, que nos diga quanto custa cada uma – o que não quer dizer que possa ser completamente paga, mas há uma parte que deve poder ser rentável para rega, para produção de eletricidade, colocando painéis fotovoltaicos na superfície da barragem – e que indique os principais impactos ambientais”, avançou Natos Fernandes na referida entrevista.

De acordo com o governante, “o Tejo tem menos 25% do caudal do que quando foi assinada a Convenção de Albufeira, há mais de 20 anos”.

“Por muito bem que corra a relação com Espanha, é fundamental termos do nosso lado alguma capacidade de armazenamento de água para regularizar o Tejo português. E onde se deve localizar esta barragem? Numa sub-bacia hidrográfica de alguma capacidade – o rio Ocreza é o que parece mais indicado”, defende Matos Fernandes nessa mesma entrevista.

Segundo o ministro do Ambiente, “é isso que estamos a avaliar”.

“Uma barragem deste tipo tem de ter um estudo de impacto ambiental – custos que resultam da construção e ganhos para os ecossistemas e até para as atividades que vivem do Tejo ao longo de todo o curso – projeto e modelo de financiamento”, assinala Matos Fernandes.

Questionado sobre a data para essa futura barragem, o minitro do Ambiente assegura que, “se tivermos o estudo em junho, vamos ter de o discutir publicamente, mas quero acreditar que no outro OE [Orçamento de estado para 2021] já há verbas para o projeto”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.