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Temer diz que reformas geram “incompreensões típicas da democracia plena”

O Brasil foi palco de uma greve geral e de uma grande manifestação, na sexta-feira, contra a reforma do sistema laboral. O presidente afirmou que “com ou sem protestos” o país vai continuar a trabalhar.
  • Adriano Machado / Reuters
30 Abril 2017, 20h41

O presidente brasileiro Michel Temer disse este domingo que as reformas propostas pelo governo federal são fundamentais para o país e, citando a reforma trabalhista, gera “incompreensões, objeções, contestações, mas que são típicas da democracia plena”.

“Quero aproveitar para contar a todos, especialmente à imprensa brasileira, que eu acabei de transmitir ao senhor vice-primeiro-ministro, as reformas fundamentais que nós estamos a fazer no Estado brasileiro, entre elas a do trabalho que gera, num primeiro momento, naturalmente incompreensões, objeções, contestações,  mas que são típicas da democracia plena que nós vivemos no nosso país”, disse Temer, na capital paulista, na cerimónia de abertura da Casa Japão São Paulo (Japan House), ao lado do primeiro-ministro japonês, Taro Aso.

No discurso, o presidente disse que o Brasil vai continuar a funcionar com ou sem protestos. “O brasileiro é naturalmente um povo otimista, um povo que não tem pessimismo em nenhum instante. Por isso é que nós dizemos: aconteça o que acontecer, haja protestos, não haja protestos, o Brasil continua e continuará a trabalhar”.

Na sexta-feira, o Brasil foi palco de uma grande manifestação e uma greve geral contra as reformas do sistema laboral que alteram mais de cem pontos da Consolidação das Leis do Trabalho, norma que rege as relações laborais no país desde a década de 1940, e das pensões. Os sindicatos aderiram à paralisação, especialmente os dos transportes públicos.

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