“Temos obrigação de reduzir os contágios”, afirma Marisa Matias sobre estado de emergência

No dia em que o estado de emergência foi debatido entre o primeiro-ministro e alguns partidos, Marisa Matias garantiu haver “obrigação de reduzir os contágios” no debate presidencial contra João Ferreira que diz que o país tem “de adotar medidas nas várias frentes da vida nacional”.

“Temos obrigação de reduzir os contágios e para não percebo como se pode votar contra as medidas que permitem reduzir esses contágios”, afirmou Marisa Matias cujo partido, Bloco de Esquerda, absteve-se na renovação do estado de emergência a vigorar entre 8 e 15 de janeiro.

“Estamos com uma situação muito trágica, estamos com 10 mil casos por dia, estamos com mais 7 mil mortos e eu creio que devemos continuar a ouvir aquilo que são as recomendações de quem mais sabe, os especialistas nesta área que nos possam ajudar a responder a este problema”, sublinhou a bloquista.

Para Marisa Matias o estado de emergência “não é apenas uma questão de apresentar mais exigências e mais limitações, é de dar às pessoas as condições para responder às limitações acrescidas e exigências”. “Às pessoas e até alguns setores de atividade, por exemplo a questão da restauração, da hotelaria”, acrescentou

Por sua vez, João Ferreira defendeu que o país tem de “adotar medidas na várias frentes da vida nacional para proteger a saúde das pessoas . Algumas dessas medidas tardam em ser implementadas”.

“Há muitos locais de trabalho, tenho visitado muitas empresas nestes meses, onde não são adotadas as medidas básicas na questão da saúde dos trabalhadores. Em maio, até enfrentando algumas incompreensões na sequência do último confinamento nós tivemos trabalhadores a dizer: atenção além de uma série de abusos que estão a ser cometidos é a nossa saúde que está em risco”, disse João Ferreira.

O partido que apoia a candidatura de João Ferreira, o Partido Comunista Português, chumbou a mais recente renovação do estado de emergência e durante o debate, o candidato não se pronunciou sobre o regime. No entanto apontou que “não podemos em nenhum momento minimizar a gravidade da situação pandémica”.