[weglot_switcher]

“Temos um país e um povo extraordinários. Esse é verdadeiramente o ‘segredo’ de Portugal”, diz ex-ministro

Adalberto Campos Fernandes defende que Portugal foi capaz de resistir à primeira fase da ameaça da pandemia da doença Covid-19 e mostrou a sua capacidade de mobilização em torno de um objetivo comum. Com o país a entrar na segunda fase do desconfinamento, ex-governante sinaliza nas redes sociais a importância de recuperar o país, ”o mais depressa possível fazendo tudo para evitar os cenários mais negativos”.
  • Tiago Petinga/Lusa
14 Maio 2020, 16h27

O ex-ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, defende que Portugal foi capaz de resistir à primeira fase da ameaça da pandemia da doença Covid-19 e mostrou a sua capacidade de mobilização em torno de um objetivo comum. Decorridos 15 dias após a primeira fase de desconfinamento, o ex-governante sinaliza que este é o tempo do regresso ao trabalho, à escola, às atividades habituais. E sinaliza a importância de recuperar o país,”o mais depressa possível fazendo tudo para evitar os cenários mais negativos”, realçando que o povo português é “extraordinário” e que esse é verdadeiramente o “segredo” de Portugal.

“Temos um país e um povo extraordinários. Esse é verdadeiramente o ‘segredo’ de Portugal”, defendeu nesta quinta-feira, 14 de maio, na sua página do Facebook, Adalberto Campos Fernandes.

A posição de Adalberto Campos Fernandes surge no dia em que foi avaliada a primeira fase de desconfinamento, com a reabertura da economia a 4 de maio, em pequenos passos e com a grande maioria da população a continuar a ser muito contida.

Nesta rede social, o ex-ministro da Saúde começa por assinalar que “Portugal foi capaz de resistir à primeira fase da ameaça” e que “o país mostrou a sua capacidade de mobilização em torno de um objetivo comum”. Recorda aqui o encerramento das escolas, “no tempo certo”, a supressão da maior parte das atividades sociais e económicas “no momento adequado”.

“Fomos exemplares no cumprimento das regras de confinamento. Atingimos o objetivo fixado de “testar, testar, testar”. Somos, hoje, dos países que realiza mais testes em todo o mundo. Vencemos a batalha das máscaras. Estamos a cumprir as regras individuais e coletivas de higiene, etiqueta respiratória e distanciamento social”, acrescenta.

Adalberto Campos Fernandes salienta ainda que “SNS foi protegido pelo achatamento da curva como era absolutamente indispensável”, elogiando os profissionais de saúde que, diz, “deram o melhor dos exemplos”.

Para o ex-governante, “se fomos capazes de fazer tudo isto, até agora, seremos ainda mais capazes de voltar ao combate pelas nossas vidas.”, sinalizando que “este é o tempo do regresso ao trabalho, à escola, às nossas atividades habituais”.

Quanto aos efeitos económicos e financeiros provados pela pandemia da Covid-19 na economia portuguesa, Adalberto Campos Fernandes deixa o mote: “vamos recuperar o país, o mais depressa possível fazendo tudo para evitar os cenários mais negativos”.

O ex-ministro diz ainda que os portugueses foram “capazes de contrariar as previsões na primeira fase desta crise”, concluindo que, “da mesma forma, nesta segunda fase, seremos capazes de cumprir a nossa parte no processo de retoma das nossas vidas.

Segundo o Presidente da República, os indicadores sobre a evolução do surto da pandemia do novo coronavírus não tiveram “grandes alterações” depois do início da reabertura da economia, no passado dia 4 de maio e, numa altura em que se prepara a próxima fase de desconfinamento, que tem início na segunda-feira, 18 de maio.

Depois de uma reunião com especialistas no Infarmed, em Lisboa, realizada nesta quinta-feira, 14 de maio, para avaliar a situação da pandemia, Marcelo Rebelo de Sousa avisa, no entanto, que ainda é cedo para tirar “conclusões firmes” sobre a primeira fase do desconfinamento em Portugal que começou no dia 03 de maio, mas acredita que não há razão para dar passos atrás, falando em dois momentos “significativos pela frente: no dia 18 de maio e no dia 01 de junho”.

“Não temos muitos dados que nos permitam retirar conclusões firmes”, sublinhou o chefe de Estado, acrescentando que “ainda não passaram 15 dias, o que significa seis dias de incubação e oito dias de reporte às autoridades sanitárias”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.