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Terminais bloqueados forçam aeroporto de Hong Kong a cancelar cerca de 130 voos

As manifestações que decorrem há mais de três meses começaram a afetar o aeroporto de Hong Kong. Há quatro dias que milhares de pessoas ocupam um dos terminais condicionando as partidas e chegadas.
  • DR Twitter joshuawongcf
12 Agosto 2019, 12h22

O Aeroporto Internacional de Hong Kong, um dos terminais mais movimentados do mundo, cancelou todas as partidas para o resto do dia, apontando o dedo a cerca de cinco mil manifestantes que ocupam os terminais há quatro dias.

As autoridades aeroportuárias anunciaram, esta segunda-feira, que todos os voos de saída cujo check-in ainda não se tivesse iniciado estavam cancelados. A autoridade aeroportuária, em comunicado, explicou que “as operações aeroportuárias no Aeroporto Internacional de Hong Kong foram seriamente interrompidas como resultado da assembleia pública no aeroporto hoje”.

De acordo com a “CNBC”, os voos com destino a Hong Kong que ainda não estivessem a caminho também foram suspensos ou desviados para outros locais. O último voo a aterrar é proveniente de Sydney e tinha chegada marcada para as 17h31 (hora local). Pelo menos 130 voos foram afetados, incluindo seis chegadas.

“O tráfego para o aeroporto está muito congestionado, e os espaços de estacionamento em todos os estacionamentos já estão cheios. Os membros do público são aconselhados a não vir ao aeroporto ”, lê-se na nota. Mais tarde, as autoridades aconselharam todos os passageiros a abandonar o edifício do terminal o mais rápido possível.

Apesar de a medida de extradição ter sido posta de lado pelas autoridades locais, as manifestações continuaram e adquiriram uma motivação mais abrangente, como um protesto contra o que dizem ser a asfixia democrática feita pela China sobre Hong Kong, e também contra a brutalidade policial. No domingo, a polícia voltou a recorrer a gás lacrimogéneo para dispersar uma manifestação no centro da cidade.

Os protestos cada vez mais violentos desde junho e afundam o centro financeiro asiático numa das maiores crises da região desde a sua emancipação em 1997.

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