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Tesla vai sair de bolsa? Conselho de Administração acompanha Elon Musk

Eventual retirada de Wall Street foi levantada pelo co-fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, esta terça-feira, tendo obrigado à suspensão das negociações devido à elevada procura.
8 Agosto 2018, 16h48

O Conselho de Administração da Tesla confirmou esta quarta-feira que se terá reunido várias vezes nas últimas semanas para analisar a possibilidade de retirar a fabricante automóvel da bolsa de valores. A eventual retirada de Wall Street foi levantada pelo co-fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, esta terça-feira, tendo obrigado à suspensão das negociações devido à elevada procura.

Segundo informação avançada pela imprensa norte-americana, Elon Musk terá levado a ideia de retirar as ações da empresa do mercado ao Conselho de Administração da Tesla na semana passada. No entanto, esta possibilidade não foi aprovada por todos os membros que fazem parte do conselho. Apenas assinaram Brad Buss, Robyn Denholm, Ira Ehrenpreis, Antonio Gracias, Linda Johnson Rice e James Murdoch. Steve Jurvetson e Kimbal Musk (irmão de Elon Musk) não assinaram a declaração.

A intenção foi esta terça-feira tornada pública pelo próprio Elon Musk, na rede social Twitter: “Estou a ponderar tirar a Tesla de bolsa nos 420 dólares. Financiamento assegurado”. A hipótese levantada foi suficiente para fazer o mercado reagir em alta, com as ações subiram cerca de 7%. Os títulos da Tesla negociavam nos 367,25 dólares quando as negociações foram suspensas.

O anúncio foi feito minutos depois do presidente executivo da Tesla ter anunciado que o Fundo Soberano da Arábia Saudita terá adquirido uma posição no valor de dois mil milhões de dólares na empresa, o que corresponde a cerca de 5% da empresa. Mas retirar a empresa de bolsa não é assim tão fácil, uma vez que a Tesla tem capital disperso que teria de ser comprado através de uma hipotética Oferta Pública de Aquisição (OPA).

Entre as razões apresentadas por Elon Musk para retirar a empresa da bolsa está a intenção de evitar “distrações” que a volatibilidade da empresa no mercado bolsista podem levantar e tomar as melhores decisões de longo prazo sem pressão de investidores.

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