O Tesouro emitiu esta quarta-feira 1.500 milhões de euros, o montante máximo pretendido, num leilão de Bilhetes do Tesouro (BT) a seis e 12 meses, tendo pago uma taxa mais negativa na maturidade mais longa face a uma colocação em janeiro. A operação teve lugar cinco dias após a Standard & Poor’s (S&P) ter subido a notação da dívida portuguesa para o segundo grau de investimento (BBB).
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP tinha estabelecido um montante indicativo de 1.250 milhões a 1.500 milhões de euros.
Portugal pagou -0,393% para emitir 400 milhões de euros a seis meses, uma leve subida face aos -0,399% num leilão a 16 de janeiro. Na maturidade mais longa, a emissão foi de 1.100 milhões de euros, com o IGCP a pagar uma taxa mais negativa de -0,366%, face aos -0,36% no leilão anterior.
“Foi mais um leilão com sucesso para o IGCP, que continua a beneficiar do ambiente de taxas de juro negativas que vivemos na Europa”, referiu Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa.
“Estas taxas historicamente baixas foram também suportadas pela subida de rating feita pela S&P na semana passada. Estes leilões de dívida de curto prazo continuam a contribuir para a redução do custo do serviço de dívida que o país tem”, sublinhou.
A procura nos BT a seis meses superou a oferta em 2,31 vezes a oferta, o que compara com 2 vezes no leilão de janeiro, enquanto na dívida a um ano o rácio bid-to-cover foi de 2,14, face aos 1,8 no leilão anterior.
No mercado secundário, a yield da dívida portuguesa têm beneficiado esta semana da decisão da S&P, com a taxa das obrigações benchmark, ou seja, a 10 anos, a negociar esta quarta-feira nos 1,318%, perto do recorde mínimo de 1,26% tocado no início da semana.
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[Notícia atualizada às 12h45]
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