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Tesouro vai leiloar até 1.250 milhões de euros em Obrigações de longo prazo na quarta-feira

A emissão, que vai acontecer por volta das 10h30, é de Obrigações do Tesouro com maturidade em 17 de outubro de 2028 e 15 de fevereiro de 2045. Dois dias a seguir ao leilão, a Standard & Poor’s deverá divulgar a avaliação ao ‘rating’ português.
  • D.R.
9 Março 2018, 13h08

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública vai realizar um leilão duplo de dívida  a 10 e 27 anos, na próxima quarta-feira. O montante indicativo global é entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros, anunciou a instituição esta sexta feira.

A emissão, que vai acontecer por volta das 10h30, é de Obrigações do Tesouro com maturidade em 17 de outubro de 2028 e 15 de fevereiro de 2045.

No último leilão de dívida, que teve lugar a 14 de fevereiro, o Tesouro emitiu 760 milhões de euros em Obrigações com maturidade em outubro de 2028, pagando uma taxa de colocação de 2,046%, com a procura a superar a oferta em 2,08%. No mercado secundário, a yield da dívida portuguesa a 10 anos negoceia esta sexta-feira nos 1,845%

A última vez que o IGCP leiloou dívida de muito longo prazo, ou seja, com maturidade em 2045, foi em julho de 2017. Nessa altura, colocou 315 milhões de euros a uma taxa de 3,977% e um bid-to-cover ratio de 2,15.

O leilão de quarta-feira ocorre dois dias antes de a Standard & Poor’s divulgar um relatório sobre a avaliação à notação soberana de Portugal. A agência foi a primeira das três principais a retirar Portugal do patamar de ‘lixo’, promovendo o rating a grau de investimento, de BB+ para BBB- e uma perspetiva estável.

A decisão surpreendeu a maioria dos analistas e provocou uma queda nas yields da dívida portuguesa. Em dezembro Fitch seguiu o passo da S&P e removeu a Portugal de grau especulativo, surpreendendo com uma subida da notação em dois níveis, para BBB. A Moody’s é a única agência não promoveu a notação a grau de investimento, mas deverá fazê-lo na próxima avaliação, em abril.

A Canadiana DBRS foi a única que manteve Portugal em grau de investimento durante a crise da dívida soberana, permitindo a inclusão da dívida nacional no programa de compras do Banco Central Europeu.

[Peça atualizada às 13h54]

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