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Theresa May sobrevive mais um fim-de-semana à revolta do seu próprio partido

Apesar de todas as ameaças e declarações, Theresa May afirma que tem esperança de que os conservadores não cheguem a colocar o seu cargo em causa.
19 Novembro 2018, 07h30

Podia ter sido na passada sexta-feira, quando muito no sábado, mas o certo é que esta segunda-feira a primeira-ministra britânica Theresa May continua a ser precisamente isso: primeira-ministra. O que quer dizer que as ‘bolsas’ mais entusiasticamente contrárias à sua permanência à frente do governo talvez tenham subestimado o número de ‘vidas políticas’ com que Theresa May ainda conta.

May disse este fim-de-semana em entrevista que, tanto quanto sabe, ainda não há deputados conservadores suficientes para desencadearem um voto de desconfiança à sua liderança e que substituí-la não ajudaria ao Brexit.

Depois de uma semana de tumultos internos no seu próprio partido e no seu governo – que perdeu três ministros – Graham Brady, presidente do Comité 1922, deverá receber esta semana as cartas suficientes para lançar o debate sobre a liderança dos Tories.

Falando este domingo na Sky News, May disse que conversou com Brady no final-de-semana e que sabia que o limiar das 48 letras para provocar um voto de desconfiança na sua liderança ainda não havia sido alcançado.

May afirmou ainda que os críticos internos que pensam em substituí-la como líder dos conservadores devem pensar novamente: “Isso não tornará as negociações [do Brexit] mais fáceis e não mudará a aritmética parlamentar”, afirmou.

May disse que em nenhuma altura considerou a renúncia: “Não. Claro que tem sido uma semana difícil, na verdade, as negociações foram duras desde o início, mas sempre haveriam de tornar-se ainda mais difíceis no final”.

May disse que os próximos sete dias serão críticos e que viajaria para Bruxelas para conversar com figuras como Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão. “Voltarei a Bruxelas. Estarei em contato com outros líderes também, porque a cimeira da próxima semana” é fundamental.

Atualmente, parece não haver maioria parlamentar para que o acordo seja aceite. Os partidos da oposição e os parceiros do governo no Partido Democrático Unionista disseram que vão votar contra.

May disse que as negociações ainda não estão fechadas e que há mais detalhes a encaixar no acordo.

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