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Tim O’Brien: “Tecnológicas devem ter obrigações de autorregulação”

O diretor-geral de programas de Inteligência Artificial da Microsoft explica em entrevista ao Jornal Económico que os Estados precisam de trabalhar em parceria com os fornecedores de tecnologia para garantir uma regulaçãosensata, de forma a proteger os direitos dos cidadãos.
2 Fevereiro 2019, 11h09

O Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, recebeu esta semana o “Building the Future: Ativar Portugal”, um evento que juntou as várias comunidades do panorama nacional para discutir o futuro tecnológico e criar as fundações para tornar Portugal um país mais competitivo.

Promovido pela Microsoft, em parceria com a Accenture, Axians, EY, KPMG e outras entidades, reuniu empresas, startups, incubadoras, investidores, investigadores e estudantes num conjunto de sessões e apresentações sobre as principais tendências, atuais e futuras, do cenário tecnológico desde a Inteligência Artificial e Quantum Computing, a temas como Segurança. O objetivo foi o de capacitar todos os agentes nacionais estudantes, entusiastas de tecnologia, developers, empreendedores, gestores, políticos, entre outros para ativar o país e construir um futuro de negócios portugueses mais competitivos.

As sessões do evento estiveram divididas em quatro journeys: ‘Building the vision’ na qual participaram speakers reconhecidos a nível mundial; ‘Building the strategy’ onde se abordaram estratégias e ferramentas que facilitam a mudança e a disrupção em várias indústrias, bem como as tendências do mundo atual dos negócios; ‘Building the foundations’ onde os participantes apredenram skills para determinadas funções, nomeadamente nas sessões “Control your business with Power BI”, “Cybersecurity: Cyberatacks that fly under the Radar” e “Infusing AI in your Apps”; e ‘Building The Code’ sessões técnicas com o objetivo de descobrir e formar as equipas técnicas em temas específicos como a Inteligência Artificial, Blockchain, Quantum Computing, Big Data, Machine Learning, IOT, entre outros.

O norte-americano Tim O’Brien, diretor-geral de programas de Inteligência Artificial da Microsoft, foi um dos oradores presentes no evento. Trata-se do responsável máximo por programas que potenciam e promovem o desenvolvimento e uso responsável desta tecnologia. Em entrevista ao Jornal Económico, falou sobre os desafios da IA, um dos temas-chave da conferência que reuniu milhares de participantes em Lisboa.

Hoje em dia é tecnicamente possível a um Governo seguir um indivíduo minuto a minuto, saber onde está, para onde vai, com quem fala ou o que está a comprar. Que regras devem ser criadas para garantir a segurança das pessoas num mundo onde a Inteligência Artificial já faz parte do dia-a-dia?

Acreditamos que a privacidade é um direito humano elementar. Também reconhecemos que as atitudes e opiniões em relação à privacidade tendem a variar em função das fronteiras e culturas, até mesmo se pensarmos apenas em democracias ocidentais. Numa sociedade como a portuguesa, as pessoas decidem ao eleger democraticamente os seus líderes,  e estes são empossados por forma a criar regras, protegê-las através das leis, em conformidade com a Constituição. Acreditamos que os avanços tecnológicos e, em particular, em soluções de Inteligência Artificial, como por exemplo o reconhecimento facial, devem ser um tema expressamente endereçado através deste processo, em instâncias próprias, de forma totalmente transparente – nomeadamente sobre como e quando a tecnologia seria usada pelo Governo.

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