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Tombo de 11% da Jerónimo Martins põe PSI-20 em terreno negativo numa Europa mista

O PSI-20 caiu 2,11% e foi o índice que mais caiu na Europa. Não há como evitar não associar esta queda ao tombo de 11,08% da Jerónimo Martins (para 19,215 euros), depois do fundo Asteck, da holding do setor petrolífero chamada Heerema, anunciar a venda da participação de 5% em colocação acelerada. Europa fechou sem tendência apesar dos dados do PIB.
16 Novembro 2021, 17h41

O PSI-20 caiu 2,11% para 5.657,96 pontos e foi o índice que mais caiu na Europa. Não há como evitar não associar esta queda ao tombo de 11,08% da Jerónimo Martins (para 19,215 euros), depois do fundo Asteck, da holding do setor petrolífero chamada Heerema, anunciar a venda da participação de 5% em colocação acelerada.

Também as ações do BCP (-0,69% para 0,1592 euros), EDP (-0,81% para 4,8 euros), Sonae  (-2,57% para 1,023 euros), a REN (-2,34% para 2,5 euros), Ibersol (-1,93% para 5,08 euros), CTT (-0,93% para 4,27 euros) e Navigator (-0,60% para 3,328 euros) destacam-se entre as 12 cotadas que fecharam em queda.

A GreenVolt que viu os resultados caírem nos nove meses 27% para 7,5 milhões, mas subirem no terceiro trimestre 46% para 6,5 milhões, fechou em queda de 0,15% na bolsa para 6,58 euros.

Há seis cotadas que se destacam por terem escapado às perdas, sendo de destacar a subida da Galp (+1,22% para 8,928 euros). A Semapa ganhou 0,49% para 12,2 euros, a EDP Renováveis avançou 0,70% para 22,88 euros e a Altri valorizou 0,68% para 5,965 euros.

As praças europeias encerram divididas entre as perdas do PSI-20 e os ganhos do DAX.

O EuroStoxx 50 subiu 0,35% para 4.401,5 pontos e o Stoxx 600 ganhou 0,24%. O FTSE 100 caiu -0,34% para 7.327 pontos; o CAC 40 subiu 0,34% para 7.152,6 pontos; DAX ganhou 0,61% para 16.247,9 pontos; o FTSE MIB recuou 0,23% para 27.804,93 pontos e o IBEX fechou em queda de 0,61% para 9.040,2 pontos.  O índice espanhol foi prejudicado pelas quedas das ações blue-chip, como a Inditex e BBVA.

“A queda da retalhista portuguesa (Jerónimo Martins) pressionou o setor de consumo pessoal que foi o mais castigado no universo Stoxx600”, diz Ramiro Loureiro, Analista de Mercados do Millennium investment banking.

“Já o de retalho foi o mais animado, impulsionado pela subida superior a 4% da Kering, após a reavaliação positiva por parte do HSBC”, refere a mesma análise.

“No seio empresarial a Thyssenkrupp subiu 12%, após notas de que a empresa pretende realizar um IPO na unidade de hidrogénio.  A Vodafone também foi um dos destaque pela positiva, depois de reportar os resultados do 1.º semestre”, diz o analista do BCP.

Grupo Deutsche Post DHL  que fechou na bolsa a cair 0,23%, espera lucros recorde em 2021 de mais de 7,7 mil milhões de euros e as perspetivas a médio prazo também sobem. O crescimento continuou no terceiro trimestre de 2021: As receitas do Grupo aumentaram 23,5% para 20,0 mil milhões de euros. O lucro operacional (EBIT) melhorou em 28,6% para 1,8 mil milhões de euros nos três meses.

A nível macroeconómico, a economia da zona euro acelera com melhoria no emprego. Foi revelado, pelo Eurostat que o PIB da zona euro acelerou o ritmo de expansão no 3.º trimestre, puxando pelo emprego. “À hora do fecho europeu os índices norte-americanos valorizavam, animados pelos bons dados macroeconómicos da produção industrial e um crescimento maior que o antecipado nas vendas a retalho”, diz o analista do BCP, Ramiro Loureiro.

Em relação ao trimestre homólogo, o PIB aumentou 3,7% na Zona Euro (14,2% no 2º trimestre de 2021) e aumentou 3,9% na UE27 (13,7% no 2º trimestre de 2021). A variação em relação ao trimestre anterior registou valores de 2,2% na Zona Euro (2,1% no 2º trimestre de 2021) e 2,1% na UE27 (2,0% no 2º trimestre de 2021).

Analisando por Estados-Membros, registaram-se aumentos homólogos do PIB em todos os países para os quais existem dados disponíveis, tendo os maiores aumentos homólogos do PIB sido registados na Roménia (8,0%), Hungria (6,1%), Lituânia (6,0%) e Dinamarca (5,4%). Em relação ao trimestre anterior também se registaram aumentos do PIB em todos os países para os quais existem dados disponíveis, sendo os maiores na Áustria (3,3%), França (3,0%) e Itália (2,6%).

De acordo com a estimativa divulgada pelo Eurostat, no 3º trimestre de 2021, Portugal registou uma variação do PIB de 4,2% em relação ao trimestre homólogo (16,1% no trimestre anterior) e uma variação de 2,9% em relação ao trimestre anterior (4,4% no 2º trimestre de 2021).

No 3º trimestre de 2021, nos Estados Unidos, o PIB aumentou 0,5% relativamente ao trimestre anterior (1,6% no 2º trimestre de 2021) e aumentou 4,9% em termos homólogos (12,2% no trimestre anterior).

O euro cai 0,39% para 1,1324 dólares.

O brent avança 0,85% para 82,75 dólares.

No mercado de dívida pública, as bunds alemãs  caem 1,38 pontos base para -0,24%. Portugal tem os juros a 10 anos em queda de 2,12 pontos base para 0,38%; Espanha cai 2,92 pontos base para 0,47% e Itália vê os juros baixarem 2,57 pontos base para 0,97%.

 

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