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Topo da agenda: o que não pode perder na economia e nos mercados esta semana

O calendário da semana na qual acaba julho e começa agosto apresenta uma bateria de indicadores económicos, reuniões de bancos centrais nos dois lados do Atlântico e a continuação da época de resultados.
  • Kai Pfaffenbach/Reuters
30 Julho 2018, 07h30

Bateria de indicadores

O institutos de estatísticas de várias regiões não vão ter mãos a medir esta semana, que vai ser generosa em termos de indicadores económicos. Em Portugal, o INE começa a semana com a divulgação dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores de julho e, relativos a junho, o Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação, as Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego, Índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas no Comércio a Retalho e os Índices de Produção Industrial. Na terça-feira,  o destaque será a estimativa rápida da inflação de julho.

O Índice de Preços no Consumidor será também motivo de atenção na zona euro, com a divulgação esta terça-feira dos números de julho pelo Eurostat. Este organismo irá divulgar ainda, no mesmo dia, o desemprego em junho e o PIB do segundo trimestre.

Na China, o destaque da semana deverá ser a índice PMI na manufatura na terça-feira, com os analistas a esperaram uma forte aceleração. Nos Estados Unidos, o número lido maior atenção – o da criação de empregos nos setores não-agrícolas – serão apresentados na sexta-feira.

Fed faz uma pausa, Banco de Inglaterra cria dúvidas

A Reserva Federal norte-americana mantém o plano de continuar gradualmente a subir a federal funds rate, como referiu Jerome Powell a 17 de julho. A expetativa é que a Federal Open Market Committee (FOMC) implemente mais duas subidas este ano, para perfazer um total de quatro em 2018, mas na reunião de dois dias que inicia esta terça-feira não é esperada uma dessas subidas, explicou Greg Meier, senior US economist e vice-president da Allianz Global Investors.

“Do outro lado do Atlântico, os decisores do Banco de Inglaterra reúnem-se na quinta-feira e ainda não é claro se irão aumentar as taxas de juro”, sublinhou. “A taxa de desemprego está nos níveis mais baixos desde meados dos anos 70, mas inflação core está a desacelerar e os receios sobre um hard Brexit estão a aumentar.

Resultados: CTT, Corticeira e Apple

A semana passada foi palco de uma maratona de resultados de cotada no PSI 20. Esta semana não verá o mesmo ritmo, mas há ainda motivos de interesse, com duas empresas cujos títulos têm tido desempenhos inversos a apresentarem números.

Na terça-feira, os CTT vão divulgar os resultados do terceiro trimestre, após o fecho do mercados. As ações do operador postal perderam 13,60% este ano e a administração liderada por Francisco Lacerda continua pressionada para provar que consegue reestruturar a empresa No dia seguinte é a vez de a Corticeira Amorim, cujos títulos valorizam 11,46% desde o início do ano, apresentar números, antes da abertura da bolsa.

Nos Estados Unidos, o foco vai estar concentrado nos resultados da Apple na terça-feira. Após os tombos fortes das ações da Facebook e da Twitter na semana passada, os analistas estarão atentos a qualquer notícia que poderá pressionar mais uma gigante tecnológica.

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